DESEMBARAÇANDO-SE PARA
A BATALHA - I Samuel
17: 39 “ Então disse Davi a Saul : Não posso andar com isto, pois nunca o usei.
E Davi tirou aquilo de sobre si”.
ANIBAL L. FRESCHI
Privilégios podem atrapalhar. Usar a armadura pessoal do rei,
seria para Davi um privilégio muito grande. Se destacaria diante da tropa de
Saul, demonstrando seu enorme prestígio junto ao rei. Porém, diante do inimigo Golias, isso
representaria o que? Apenas um servo de Saul. Nossas credenciais podem revelar
situação econômica, intelectual, etc. Mas que efeito produzem aos olhos do
inimigo da nossa alma? Podemos gozar do prestígio do exercício de algum
ministério brilhante aos olhos do povo. Porém se é apenas com isso que entramos
nas batalhas, é certo que seremos derrotados. E o impacto será tão grande,
quanto for o tamanho do prestígio. Médico infectologista de grande conceito no
estado, aquele irmão comparece na sede da comunidade duas tardes por semana,
para lavar e desinfectar os banheiros. Sua alegação para não aceitar um cargo,
ocupar o púlpito é sempre a mesma: “ Apenas faço o que sei fazer bem feito”.
Infelizmente muitos querem fazer o que lhes dê visibilidade e prestígio. Vivem
de olho na armadura de Saul. Querem o ministério pelo prestígio e não pelo
chamado divino. Se um dia caírem e perderem o prestígio, desaparecerão do mapa.
E, se aposentados, não ocuparem mais os primeiros assentos, se tiverem de ceder
“seus” púlpitos aos mais novos; entrarão em crise. Não sabem viver longe do
prestígio, pois é ele que os incentiva. Muitos não se contentam em ser chamados
apenas de irmãos. Acham o máximo ter o título na frente. Quanta miséria! Davi
não foi um servo dos prestígios. Davi era servo do Senhor dos exércitos. E foi
esse nome que declarou ao inimigo na hora da batalha, e enquanto o inimigo
pensava... pensava... no que seria esse nome, uma pequena pedra o levou ao
nocaute. Davi não era um servo dos privilégios deste mundo, mas servo do
Senhor. Servo do Senhor é servo que ora incessantemente, que vive em obediência
ao seu Senhor, que tem respeito por tudo o que diz respeito às causas do seu
Senhor. Servo assim, quando cai, não é levantado pelo prestígio, pois este foge
imediatamente às quedas, mas é levantado pelo Senhor, “ se cair, não ficará
prostrado, porque o Senhor o segura pela mão” Sl. 37: 24. Davi ganhou batalhas
e perdeu batalhas, mas foi o Senhor quem o levantou de todas as suas quedas,
pois não se escondeu diante das possibilidades de novos ferimentos, “Porque sete vezes cairá o justo, e se levantará”. Se
o que te dá apoio é o prestígio do cargo,
cuidado, caso você caia, você poderá desaparecer. Mas se for Deus a sua
armadura, o seu aparato de batalha, então os teus opositores e inimigos
perderão os dentes de tanta raiva. Davi termina seus dias em grande estilo. Um
homem que sabe o que é viver em batalhas sob a armadura de Deus. Que serve pelo
chamado de Deus e não pelos privilégios que o cargo confere. Sabe que as quedas
não são capazes de eliminar do coração do verdadeiro vocacionado, o chamado
divino e imutável do seu Senhor. Então Davi na sua velhice, chama a seu filho
Salomão e lhe ordena:” Coragem e sê homem” I Reis 2: 2. Davi podia fazer isso.
Amém.
Senhor. Confirma a cada
dia no meu coração, a Tua vontade para a minha vida. Livra-me da presunção e
das ciladas de prestígios e privilégios. Quero ser nada, para que sejas tudo em
mim e no que eu fizer. Em nome de Jesus Cristo. Amém.
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