QUANDO CHEGAM AS TENTAÇÕES    Mat.4:11 “ Com isto o deixou o diabo, e eis que vieram anjos,  e o serviram.”

ANIBAL L. FRESCHI

As tentações são trechos muito difíceis na caminhada cristã. Todos nós as enfrentamos. Tomas Brooks escreveu: “Deus teve apenas um filho sem corrupção, mas não teve nenhum sem tentação”; pois até Jesus, o Santo de Deus, viveu momentos desconfortáveis, quando era fustigado pelo tentador, Heb.4:15”... antes foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança.” No Evangelho de Mateus 4: 1 – 11, encontramos Jesus assediado pelo inimigo. Aprendemos daí muitas coisas sobre as tentações que enfrentamos. Uma coisa que aprendemos, é que nem a solidão nos mantem livres de tentações. Pode ser até pior, se não estivermos com a nossa mente totalmente ocupada com a Palavra de Deus.  Aprendemos também que nem mesmo o jejum e a oração impedem de sermos tentados. Para evitarmos o pecado com que tanto a tentação nos assedia,  devemos compreender que se somos combatidos , é porque somos filhos de Deus. E como filhos de Deus, devemos nos comportar nas tentações. É necessário sabermos que o inimigo deseja a nossa queda, para em seguida zombar do Senhor, e que o fato de sermos tentados, não quer dizer que devemos nos sucumbir ao pecado oferecido. Nossa vida se caracteriza por combates incessantes. Podemos até nos ferir. Podemos até cair nalgum momento. Porém se temos a clareza do que somos e a quem pertencemos, podemos ser redimidos para prosseguir a carreira da fé. Não se conforme com as quedas e tropeços. O Senhor pode te levantar, pois Sua é a glória, a honra e o poder. O salmista e rei Davi sabia muito sobre esse assunto e escreveu: Sl.37: 23,24 “ O Senhor firma os passos do homem bom, e no seu caminho se compraz; se cair, não ficará prostrado, porque o Senhor o segura pela mãos.” Amém.

Senhor. Ajuda-me a evitar situações que possam me levar a quedas. Dá-me sempre a consciência de que nunca estarei sozinho nessa caminhada. Em nome de Jesus Cristo. Amém.

Leit.Bíb.2ª Tim.4:7  

A COERÊNCIA DA FÉ CRISTà   Mat.4:13 “...e, deixando Nazaré, foi morar em Cafarnaum, situada à beira-mar, nos confins de Zebulom e Naftali; “

ANIBAL L. FRESCHI

Após rejeitar todas as propostas vantajosas do inimigo, Jesus escolheu onde seria o seu domicílio. Ele foi morar numa região de extrema pobreza sob todos os aspectos. Havia ali, miséria moral, espiritual e financeira. Jesus foi coerente com aquilo que argumentou no debate com o diabo. O seu desprezo pelas vantagens materiais ficou evidente.  A Ele, só importava fazer a vontade do Pai, para o que; viera ao mundo, João 8: 12 “... Eu sou a luz do mundo;”. Não poderia ser, portanto noutro lugar que fixaria a sua residência, senão entre os mais desfavorecidos e brutais que se achavam em trevas que lhes obscureciam os sonhos e as esperanças, numa situação de morte dos valores e dos bons princípios. Era uma sociedade entorpecida e inerte, perante a sua própria desgraça. Pois foi nesse ambiente, que Jesus se estabeleceu para fazer a diferença; para luzir e apontar um novo rumo de esperança e salvação. O interior do nosso ser se parece muito com aquele fim de mundo, mencionado no texto. Não pela pobreza material, mas pela pobreza moral e espiritual, evidentes em nossos descuidos com as necessidades dos nossos semelhantes. Nós nos fechamos em nossos grupinhos, e nos fazemos de cegos para o que está acontecendo fora dos nossos arraiais. Há um mundo de miséria que precisa de esclarecimento e orientação. Nós possuímos o conhecimento e sabemos o caminho a ser tomado. Temos um dever com a coerência da fé que professamos Mat.22: 39 “... Amarás o teu próximo como a ti mesmo.” E quem é o nosso próximo? É todo aquele que necessita da luz que há em nós. Essa luz, é a luz de Cristo que ilumina e esclarece, despertando a consciência moral e espiritual de um povo que ainda permanece carente do avivamento de sonhos e esperança. Amém.

Senhor. Faz de mim; não um santuário apagado e sem vida, mas um santuário vibrante da luz que vem de Ti e reflete em mim a favor do meu próximo. Em nome de Jesus Cristo. Amém.

Leit.bíb. Mat.25: 31 - 46      

“INCOMODANDO OS ACOMODADOS”  Apoc.3:17 pois dizes: Estou rico e abastado e não preciso de cousa alguma, e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu.”

ANIBAL L. FRESCHI

Na medida em que nos encontramos distantes de Deus, nós nos julgamos perfeitos e completos. Mas ao nos aproximarmos do Senhor, nos sentimos bem pequenos. Cristo próximo é enorme. Por isso, quanto mais amadurecido é o cristão, menor e mais humilde se torna diante da grandeza do seu Salvador. Ao olharmos de longe  para um edifício de muitos andares, ele não parece ter o tamanho que vemos, quando nos colocamos próximo dele. Assim é a visão do cristão sobre si e sobre Cristo, dependendo da distancia em que se encontre. Essa visão próxima de Cristo levou o apóstolo Paulo a declarar,1ª Cor.15:9 “ Porque eu sou o menor dos apóstolos, que mesmo não sou digno de ser chamado apóstolo”. João Batista foi um exemplo a ser seguido em seu comportamento diante daquele que ele reconhecia como “O cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”João 1:29, pois não se julgava digno sequer de desatar-lhe as sandálias,Lc.3:16. Muitos são os que não se contentam em ser mínimos no reino e querem ser o máximo entre os homens. Esses, não servem à Causa de Cristo, mas se servem da Causa de Cristo para serem tidos em alta consideração e glória pelos homens. Suas espadas estão sempre limpas, embora falem de batalhas. Lembro-me do retorno de uma companhia militar à cidade que a esperava, pois a população achava que os militares haviam sufocado uma revolução. Todos foram enganados, pois se tratou na verdade de um golpe de estado e nem uma bala sequer foi disparada para isso. Os soldados montados nos tanques haviam sujado suas fardas, para que parecessem combatentes. Na vida cristã o mesmo acontece. Muitos não se envolvem de fato nas batalhas por justiça. Encastelam-se em suas mansões e apartamentos luxuosos, em seus carrões refrigerados, enquanto  pregam sobre o Cristo misericordioso e justo. Não sentem misericórdia por aqueles que padecem os açoites das exclusões sociais e que são enxovalhados por falsas promessas em troca de seus já depauperados recursos. Aproximassem-se do Rei dos Reis e sentiriam sua própria pequenez diante da proposta do evangelho e assumiriam comportamentos de verdadeiros servos de Deus a serviço do Reino que é de justiça e paz, Rom.14: 17. Não vale a pena passar a vida toda, enganado por um falso cristianismo que se acomoda entre quatro paredes, enquanto o mundo jaz no maligno que rouba tudo da dignidade humana e mata todas as esperanças de que o Reino venha até nós. O apóstolo Paulo, João Batista, como todos os demais cristãos nunca se importaram em serem tidos como incômodos, afinal; ninguém incomodou tanto quanto Cristo. Incomodar é preciso. Amém.

Senhor. Dá-nos sabedoria e compreensão para os Teus propósitos. Em nome de Jesus Cristo. Amém.

Leit. bíb. Filipenses 3: 17 - 21

SER, OU PARECER CRISTÃO?   Ef. 4:15 “ Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é o cabeça, Cristo.

ANIBAL L. FRESCHI

Em qualquer área da vida, o sucesso depende dos objetivos propostos. Um corredor precisa saber aonde deve chegar, para poder chegar. Paulo possuía um objetivo em termos de vida cristã. Paulo buscava crescimento cristão para glorificar a Cristo em sua vida e tornar-se útil ao Senhor. Tenhamos as mesmas aspirações do apóstolo. Busquemos alcançá-las, como ele fazia. Não foi fácil para ele, ter de passar por uma operação de desmanches em sua vida, Fil.3: 1 – 11. Do ponto de vista de um judeu, Paulo era um homem completo. Esse fato era motivo de orgulho para ele, antes da sua experiência com Cristo na estrada de Damasco, quando se rendeu completamente ao Senhor,At.9:1 – 16. O Senhor o derrubou do edifício do seu orgulho pessoal, então houve mudança em sua visão auto crítica. Os valores mudaram na a sua contabilidade. O que fora até então lucro; tornou-se perda para ele. Paulo passou a perseguir seu novo objetivo: Conhecer a Cristo e ser achado em Cristo. Ele compreendeu que conhecer a Cristo, significa identificar-se com Ele, assimilando e praticando os seus ensinos, vivendo a vontade de Cristo, até parecer-se com Ele. Esse é um processo que não acaba nunca, pois sempre haverá o que conhecer e aprender de Cristo. Para isso, é necessário que haja despojamentos, pois a noção de ganho se estabelece no consumir-se, para ser absorvido por Cristo e Sua obra, Mc. 8:35. Por isso, muitas pessoas que se dizem cristãs, na verdade não o são, não passam de simpatizantes do Evangelho, são capazes de grandes doações financeiras para ficarem distantes dos embates da seara, e elas sabem disso, pois não conseguem desistir das glórias materiais para se ocuparem da glória celestial. Nunca se arriscam em lutas pela justiça, preferindo o seu conforto material, enquanto outros sofrem e padecem. São enfeites que não se expõem ao perigo. São velas ornamentais que nunca são acesas para o uso e utilidade de todos, João 12: 42 – 43. Houve um Calvário que poderia ser evitado por Jesus. Ele, porém não o evitou; foi fiel ao grande propósito divino para a humanidade. Quando nós aceitamos a Cristo, assumimos o compromisso de não nos poupar ante o desafio de sermos luz do mundo e sal da terra. Ainda está de pé o compromisso? Ainda é claro o objetivo proposto? Amém.

Senhor. Aviva-me sempre a memória para o que Tu me chamaste um dia. Em nome de Jesus Cristo. Amém.

Leit.bíb. Lucas 10: 30 - 37

BANDIDAGEM É OUTRA COISA - Prov.29:7 “Informa-se o justo da causa dos pobres, mas o perverso de nada disso quer saber.”

ANIBAL L. FRESCHI

O que esperar? Uma manifestação envolvendo milhares de  cidadãos indignados, certamente apresenta infiltradores que se aproveitam da situação e depredam, quebram e Então, um infeliz surge na telinha colocando todos os manifestantes sob a etiqueta da bandidagem. Bem; quando as chuvas invadem lojas e residências, deixando milhares de trabalhadores ilhados, sem poder chegar em casa ou no trabalho; quando milhares perdem tudo e até a vida, por causa da má administração pública, pergunto; Quem são os bandidos? Quando tetos de aeroportos desabam nas cabeças das pessoas; Quem são os bandidos? Quando senhoras, moças e criança são estupradas, por falta de segurança pública; Quem são os bandidos? Quando crianças se amontoam em salas de aulas que caem aos pedaços, enquanto  professores têm seus míseros salários cortados, em nome da contenção de despesas, ao mesmo tempo em que se discursa bonito no planalto; quem são os bandidos? Quando são contabilizados os mortos por falta de assistência e apoio à saúde pública; quem são os bandidos? O país desaba, enquanto os governantes se negam a reconhecer isso, e insistem em suas turnês internacionais tentando vender uma boa imagem do país. Bandidos, quem são? O gigante se cansa de ficar deitado em berço esplêndido e começa a se manifestar incomodado. Já era previsível. Mas quem acreditou?  Corrupção, desvios de recursos, más gestões, dinheiro público desperdiçado. Quem se manifesta contra aumentos abusivos é bandido? Tudo o que está acontecendo pode ser apenas o começo. Esperavam que as manifestações se limitassem a distribuição de flores? ...Me poupe...! Houvesse fiscalização, compromisso, respeito à dignidade do cidadão, tudo o que vemos hoje, poderia ser evitado.

Senhor. Dá-nos da Tua Luz. Em nome de Jesus Cristo. Amém.

Prov.29:4,12

   

O CORAÇÃO E A MENTE     Sl.139: 23 “Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração: prova-me e conhece os meus pensamentos;”

ANIBAL L. FRESCHI

Na literatura comum, o coração simboliza a sede dos sentimentos humanos. Desde que nascemos, possuímos capacidade para amar, odiar, querer, rejeitar, e etc. O coração possui uma grande variedade de sentimentos que virão à tona ou não, dependendo das circunstâncias e dos cuidados. A mente humana produz sinais, pensamentos e disposições, de acordo com o que há no coração,  conforme as circunstâncias do ambiente em que se desenvolve a pessoa, aliadas as informações de justiça que venha receber. Precisamos de Deus para nos ajudar a manter vigilância com os sentimentos que se acham plantados no coração. Eles precisam ser mantidos sob um rigoroso controle, e para isso precisamos de força, autodomínio e sabedoria. Precisamos da ajuda de Deus. Precisamos cuidar do ambiente em que nos desenvolvemos, e também nos manter informados com material saudável, útil e durável. Tal material encontra-se, no que nós ouvimos, e vemos no dia a dia. Precisamos estar atentos, pois ouvimos e vemos muita coisa prejudicial para a  formação de conceitos justos, dentro dos quais pautaremos nossas ações. Precisamos de Deus para nos ajudar a colher o que nos for útil e bom, desprezando o que nos poderá prejudicar. Para quem não possui esses cuidados, qualquer coisa é válida, desde que traga alguma vantagem. Por isso, se matam a toda hora, por qualquer coisa. A mente acaba produzindo sinais desinibidores, por falta do senso de justiça, ou pelo descrédito sobre ela. Precisamos de Deus nas nossas vidas para que haja em nós maior sensibilidade, maior respeito, maior compromisso, frutos do amor de Deus em nossos corações,  em nossos pensamentos e atitudes, Fil.4:7 “ E a paz de Deus, que excede todo entendimento, guardará os vossos corações e as vossas mentes em Cristo Jesus.” Amém.

Senhor. Ajuda-me a vigiar meus sentimentos, a examinar meus pensamentos e agir de forma agradável a Ti. Em nome de Jesus Cristo. Amém.

Salmo 139; 1 - 24  

 UMA NOVA CHANCE        Cânticos 7:10 “ Eu sou do meu amado, e ele tem saudades de mim”.

ANIBAL L. FRESCHI

Na mesa da lanchonete, o casal parecia feliz. O casal conversava, ria e trocava olhares apaixonados. O casal parecia muito feliz. Ela esteve por algum tempo, afastada da sua congregação espiritual. Ela se desviara e assim permaneceu, até conhecer Miguel, um jovem desviado também. Começaram um namoro e se propuseram a retornar à comunhão dos irmãos. Decidiram levar a sério a sua vida espiritual. Ela, a Iraci, conhecera muitos parceiros, durante o seu desvio. Todos eles se aproveitaram dela, e ela de todos eles se aproveitou também. Porém havia em sua alma um grito, um pranto. Fazia-lhe falta o cuidado da sua alma. Ao conhecer Miguel e saber da história dele, muito parecida com a sua, Iraci entendeu que Deus estava dando uma nova oportunidade a ambos. Estavam felizes por isso. Certa ocasião,  Miguel precisou viajar a trabalho. Uma semana longe da querida e amada Iraci. Telefonava todos os dias. Confessava-lhe, sentir a sua falta. Uma noite, porém, Miguel aguardava ser atendido, enquanto o telefone tocava insistente do outro lado. Miguel suspirava cheio de tensão e preocupação. Do outro lado, enquanto o telefone tocava, Iraci se entregava a outro homem. Iraci traía Miguel. Tenho a impressão de que os anjos choravam ao seu redor. Miguel percebeu que algo estava errado e na mesma noite retornou. Deixou de lado seu trabalho e seus compromissos, o que depois lhe custou a sua demissão. Miguel chegou, e logo descobriu tudo. Miguel ficou arrasado. Iraci cobriu-se de vergonha. Não demorou;  Miguel tomou seu caminho e logo se refez. Depois de alguns meses, ele conheceu outra moça, e casou-se com ela. Iraci voltou à vida de antes, porém logo adoeceu, foi hospitalizada e morreu.  Deus sempre nos dá uma nova chance. Entretanto, é preciso aprender com os erros e valorizar as oportunidades. Infelizmente, nos acostumamos com os erros e deles nunca largamos. O resultado disso, nunca será um final feliz. Todos os dias, O Senhor nos concede uma nova oportunidade. A cada manhã, é uma nova chance. Precisamos valorizar e aproveitar, pois haverá um tempo em que nos restará apenas o acerto de contas, Rom.14: 12 “Assim, pois, cada um de nós dará contas de si mesmo a Deus”. É possível que alguém esteja nesse momento, vivendo sua vida, enquanto Deus aguarda o reatamento de suas relações com Ele. Talvez, seja de você que Deus sente saudades, e te oferece agora, uma nova oportunidade para reencontrá-lo. Faça isso. Mas faça para sempre. Com amor e fidelidade. Muitas bênçãos estão à sua espera. Amém.

Senhor. Obrigado pela Tua paciente espera. Eis-me aqui. Para sempre. Em nome de Jesus Cristo. Amém.

Leit.bíb.Salmo 16: 1 - 11

OLHANDO PARA O ALTO    Atos 1:11 “ Varões galileus, porque estais olhando para as alturas?”

ANIBAL L. FRESCHI

Quando olhamos para os lados da nossa existência, podemos perceber o que muitos podem perceber também. Somos rodeados por atos de violência, por atitudes decepcionantes, e pouco há do que possa nos encher os olhos de entusiasmo quanto o futuro. Alguns discípulos de Jesus ainda estavam perplexos, com tudo o que presenciaram em Jerusalém, por ocasião da prisão, julgamento, condenação e execução de Jesus. Em cada etapa do processo, testemunharam aquilo que de mais sórdido e abominável, pode produzir o coração do homem. Testemunharam a traição, a falta de compromisso, as mentiras, o suborno, a corrupção, a covardia, a omissão, o sadismo, a inveja e tantas outras coisas que hoje, também nos assediam. Basta olhar para os lados, e  verificar os noticiários. Em todas as áreas da vida, e nas pessoas em quem mais acreditamos, estão presentes as próprias marcas do coração com suas maldades e seus desvios. Esse é o nosso ambiente. E nós somos essas pessoas, 1ª João 1: 8 “ Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós”. De repente, os discípulos de Jesus voltaram suas atenções para o alto,  e se detiveram a contemplar o ponto em que Jesus, assunto, desapareceu. Foi então que dois anjos os confortaram, mostrando-lhes que no alto se encontrava toda consolação, todo conforto e poder; para eles, e toda a igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo, pois do alto, O Senhor voltaria, para receber os seus e leva-los consigo. Nesse tempo moderno e cheio de ansiedades, somos convidados a parar, e nos voltar para as coisas do alto; se é que a nossa fé enxerga vida eterna e gloriosa, pois muitos exercitam sua fé no imediatismo e se esquecem de que há vida após a morte. É preciso buscar do alto as consolações e poder, para não se perder, em meio ao mundo que nos rodeia, João 16: 33 “ Estas cousas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo passais por aflições; mas tende bom ânimo, eu venci o mundo.” Amém.

Senhor. Derrama em minha alma a paz que no mundo eu não consigo encontrar. Em nome de Jesus Cristo. Amém.

Leit.bíb.  Efésios 6: 10 - 20

ALÉM DE PÃO   Mat.4:4 “Jesus, porém, respondeu: Está escrito: Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus”.

ANIBAL L. FRESCHI

Nossas necessidades materiais básicas são evidentes. Habitação, alimentação, saúde, segurança, educação e lazer, fazem parte do pacote das coisas necessárias a uma vida digna. Porém, como disse Jesus, "nem só” delas podemos depender. Necessitamos da Palavra de Deus, porque ela é repleta de ingredientes indispensáveis a todo ser racional. A Palavra de Deus nos aponta o caminho que devemos trilhar; Sl.119: 105 “Lâmpada para os meus é a tua palavra, e luz para os meus caminhos”. Podemos escolher caminhos; mas a Palavra de Deus sempre nos mostrará se eles servem ou não. Prov. 16:25 “Há caminho, que parece direito ao homem, mas afinal são caminhos de morte”. Sem a orientação da Palavra de Deus ficaremos entregues à sugestões que poderão nos fazer perder o sentido da vida. Muitos têm chegado ao desespero e a frustração, não achando mais sentido e nem prazer, nos caminhos que escolheram. Têm fortunas, fama, saúde e muitas coisas mais. Porém se acham aborrecidos com a própria vida. Nutrem dentro de si uma fome indescritível, insaciável e irreconhecível, apesar de terem suas necessidades materiais satisfeitas. O pão que sacia a fome da nossa existência humana, racional, psicológica e espiritual, é o contato íntimo com Deus, que tem na sua Palavra, o sentido que devemos dar à nossa vida. Nem só de pão, mas de toda a Palavra de Deus. Precisamos dela para encontrar o caminho de cada um de nós; caminho que nos conduzirá  à realização dos propósitos para os quais viemos a este mundo. Uma das muitas coisas que a Palavra de Deus tem a nos oferecer, é a orientação para uma vida que valha a pena. Amém.

Senhor. Ensina-me a viver. Em nome de Jesus Cristo. Amém.

Leit.bíb. Lucas 24: 13 - 34

 NOSSOS IRMÃOS,  MORADORES DE RUA  Tiago 2:6ª. “Entretanto, vós outros menosprezastes o pobre”.

ANIBAL L. FRESCHI

O dia já se fazia bem alto. O sol aquecia seus corpos na calçada. Eles tremiam e balbuciavam palavras desconexas por causa da abstinência alcoólica da noite. Eles procedem de várias religiões. Possuem santinhos nos bolsos, bíblias, e alguns trazem no pescoço, as guias de seus orixás. Hoje o grupo estava maior. Novas pessoas, vindas de outras cidades integravam o grupo de desabrigados, conhecidos como “moradores de rua”. Parece que a sociedade acostumou-se com a expressão “moradores de rua”,  um status  atribuído à quem não tem mais nada nessa vida,  e nas ruas procuram seu último refúgio. Logo nas ruas, onde sofrem frio, tomam chuva, são agredidos e morrem. Mas nós nem nos comovemos mais, afinal, moradores de rua é mais uma classificação social. Uma das coisas que os ferem demais, é serem tidos por bandidos. Quando se aproximam das demais pessoas, são evitados, quando não são também, ainda mais humilhados. As políticas adotadas para lidar com essas pessoas, carecem de maior e melhor conhecimento da realidade delas. Fazer, por fazer, é a mesma coisa que não fazer. Estou falando de pessoas que possuem perfis históricos  complexos, que necessitam ser estudados e tratados individualmente. Entidades religiosas e de filantropia fazem o que podem, mas o estado tem nas mãos melhores ferramentas, basta vontade e comprometimento. São pessoas. São nossos irmãos. Deixo aqui o entendimento teológico de lado, pois O Senhor nunca exigiu certidão de batismo de ninguém para depois curar e salvar. Comoveu-me a oferta que um deles me fez, assentando-se ao meu lado na calçada: “Eu não tenho nada. Mas se o senhor precisar fazer uma transfusão de sangue, pode contar comigo” – disse-me  ele – estendendo-me o braço cheio de tatuagens, e cerrando o punho. Uma pessoa com sensibilidade à necessidade do outro, pois sabe o que é necessitar. Vamos cobrar das nossas lideranças, o que nos prometeram  quando nos pediram os nossos votos. Vamos exigir que elas deem melhor atenção a esses, que nas ruas estão, porque perderam muito, inclusive a própria voz.

Senhor. Abençoa esses pequeninos e desorientados irmãozinhos. Toca no coração de quem pode fazer algo por eles. Em nome de Jesus Cristo. Amém.

Leit.bí. Lc.14: 7 - 14

O SAPO NORBERTO    Prov.18:2ª. “ O insensato não tem prazer no entendimento,”

                                                                                                 

ANIBAL L. FRESCHI

Norberto era um sapo charmoso. Vaidoso, como ele só! Todos admiravam seu porte exuberante. Norberto era além de tudo, um excelente atleta. Era capaz de saltar muito alto seguidas vezes, sem perder o fôlego. Norberto possuía também, uma voz invejável. Emitia sons, que a grandes distâncias podia se ouvir. Norberto era “o cara!” Um dia, Norberto ouviu falar que havia um poço, de onde brotavam diamantes. Sendo um sapo muito esperto, Norberto pensou rápido: “ Como eu sou forte e ágil, serei capaz de entrar no poço, pegar alguns diamantes; e sem dúvida; poderei sair de lá num pulo só”. Pobre Norberto. Não sabia o que estava esperando por ele. Então, Norberto procurou saber onde é que ficava o poço tão comentado. Alguns dos seus amigos ficaram muito preocupados e procuraram fazê-lo desistir da ideia, pois o amavam de verdade e não queriam que se metesse nalguma encrenca. Outros, no entanto, o incentivaram a provar o quanto ele era capaz de entrar e sair com facilidade de qualquer situação, por mais embaraçosa  que fosse. Norberto tinha muitas virtudes, porém faltava-lhe uma boa dose de juízo. Norberto julgava-se o tal! Norberto não iria decepcionar aqueles que apostavam na sua coragem. E lá se foi o Norberto. Já era noite, quando Norberto chegou à beira do poço dos diamantes. Lá no fundo, alguma coisa brilhava: - Ah,ah!! São dos diamantes – ele murmurou baixinho, temendo que alguém ouvisse e quisesse tirar proveito da sua descoberta. Norberto então saltou para o fundo do poço e em meio às pequenas peças reluzentes ficou tão extasiado, que nem percebeu que na verdade eram cacos de vidros encravados num monte de lixo. Lixo e cacos de vidros; era o que ali se podia ver. Mas Norberto não via assim. Ele pensava que se tratasse de diamantes em formação e que ainda cresceriam. Tomou então uma decisão. Ficaria ali, no fundo do poço, esperando que os diamantes crescessem. Os dias foram passando e os verdadeiros amigos de Norberto preocupados, o encontraram no fundo poço, todo sujo. Seus amigos então o chamaram para fora. Mas Norberto estava apegado demais aos cacos de vidros. Seus amigos lhe falavam da beleza que havia do lado de fora e que ele estava perdendo. Norberto, no entanto; não se importava. Ele simplesmente respondia: - “Aqui está bom”. Estava totalmente indiferente a tudo que não fosse o seu poço de diamantes. Um dia, como de costume, seus amigos foram insistir com Norberto a sair do poço. Gritaram o mais que puderam. Porém nenhuma resposta, pois Norberto; estava morto. Norberto, um sapo charmoso, era agora uma carcaça fedorenta. Aquilo que Norberto achava bom; foi mau com ele. Talvez você conheça alguém que esteja confundindo diamantes com cacos de vidros. Lute o mais que você puder para que ele nunca se aproxime do poço. Converse muito com os seus pequeninos. Amém?    

Senhor. Dá-me o que for necessário para impedir que alguém vá para o fundo de algum poço de perdição. Dá-me também os recursos necessários para tirar, com a Tua ajuda, aqueles que lá já se encontrem. Em nome de Jesus Cristo. Amém.

Leit.bíb.Prov. 19: 21 – 23

(Canção do sapão - ALF)

No fundo de um poço, morava um sapão,

Preso na sujeira, ele dizia: “Aqui está bom”

Lá fora os passarinhos, na maior agitação,

Ouviam lá do poço uma voz: “Aqui está bom”

Eu não sou nenhum sapo que só vive de ilusão,

Estou longe do poço, com Jesus no coração.

Amigo, corta essa, esse barato é perdição,

Cai fora desse poço e vem curtir nova canção:

“Viver é bom, amar é bom, meu Deus é bom” 

O BÁSICO

Lc.12:15b. “...porque a vida de um homem não consiste na abundância dos bens que possui.” 

ANIBAL L. FRESCHI

Você já percebeu o quanto se paga de impostos durante um ano? É muito, não é mesmo? Mas o que incomoda, é o destino dado à fortuna arrecadada. Em todos os setores há muita falta de muitas coisas. Não há sequer o básico. Comparando isso com a vida pessoal, podemos perceber alguma semelhança. As bênçãos recebidas são incontáveis. No entanto, a pobreza moral é muito grande. O que fazemos das bênçãos que diariamente recebemos? A carne se regala, enquanto o espírito agoniza e os valores morais morrem. Queremos coisas e mais coisas. Oramos por elas. Trabalhamos por elas. Nós nos desgastamos por elas. E o que são elas? Apenas coisas. Creio que se nos contentássemos com o básico, poderíamos cuidar melhor da nossa vida e de seus valores. A pressa não permite cuidar bem da família. Cuidar bem, não significa amontoar bens materiais nas cabeças dos filhos, sob o pretexto de um futuro melhor. De que adianta uma geração rica de recursos materiais, e pobre de valores morais? Tais valores são ensinados a partir do berço. Mas muitos berços não passam de depósitos infantis, ocupados por bebês que pouco contato tem com pais e mães, apressados e estressados. Crescem assim, sem princípios e sem ética, cuidados sim com boa comida e muito agasalho, porém depauperados de educação e sensibilidades. Cria-se uma geração grosseira e fria, para quem a vida nada vale, pois o que importa é a grife e o pó. Creio ser necessário valorizar o que realmente serve para alguma coisa, na formação de um mundo melhor. Creio ser necessário descartar dos projetos e metas, tudo aquilo que só se presta a garantir fortuna material, e que servirá mais tarde como elemento de disputa entre irmãos, que deveriam se amar e respeitar, quando na realidade tornam-se inimigos em nome da partilha de uma herança, deixada por alguém que investiu toda vida, para concluí-la sem nada, para levar consigo. Amém.

Senhor. Abre-me os olhos para o que for básico e desprezar o que for desnecessário. Em nome de Jesus Cristo. Amém.

Leit.bíb. Lc.16: 19 - 31

CORAÇÕES FIÉIS E PERVERSOS             Heb.3:12 “Tende cuidado, irmãos, jamais aconteça haver em qualquer de vós perverso coração de incredulidade que vos afaste do Deus vivo.”

ANIBAL L. FRESCHI

Que exortação! Como pode uma pessoa se considerar salva,   mantendo consigo um coração perverso e incrédulo? Mas essa é a realidade de muitos que se consideram salvos (do que, não sei), pois continuam escravos de sentimentos que O Senhor reprova. Erguem suas bíblias e esbravejam em nome da fé. Querem arrancar o que julgam ser joio, sem se preocuparem com o risco de extirparem trigos. Seus olhos se esbugalham tanto, que os ouvintes ficam em dúvida se estão diante de um servo de Deus ou diante de outra coisa. A Palavra de Deus ensina que não se deve provocar escândalos, sequer em nome da defesa da fé ou dos bons costumes,Rom.14:1 “Acolhei ao que é débil na fé, não, porém, para discutir opiniões.”,  Ef.4:26,27 “Irai-vos, e não pequeis, não se ponha o sol sobre a vossa ira, nem deis lugar ao diabo.” Desconfio que desconhecem a mensagem santa dos evangelhos, que exorta ao amor, à tolerância, ao respeito ao próximo, e que por isso, julgam e condenam quando a Palavra de Deus ensina o contrário,Rom.2:1” Portanto és indesculpável quando julgas, ó homem, quem quer que sejas; porque no que julgas a outro, a ti mesmo te condenas, pois praticas as mesmas coisas que condenas”. E a que coisas se refere a Palavra de Deus? À negação da soberania divina e sua glória, colocando-se assim, num patamar elevadíssimo, num gesto de ignorância completa a respeito de sí próprios e da gloriosa majestade divina,Rom.1:21 “ porquanto, tendo conhecimento de Deus não o glorificaram como Deus...” Um coração convertido ao Senhor, é um coração cheio de amor, de misericórdia e sempre pronto para perdoar. Um coração convertido ao Senhor, comunga com o Senhor dos mesmos sentimentos e aspirações,Rom.15:5 “Ora, o Deus de paciência  consolação vos conceda o mesmo sentir de uns para com outros, segundo Jesus Cristo”. Sei que é difícil abrir mãos de sí próprio, mas essa é condição indispensável, para que Cristo ocupe o lugar do nosso ego e substitua os velhos sentimentos do velho homem pelos novos sentimentos do homem novo, nascido para glorificar a Deus por pensamentos, palavras e atitudes. Amém.

Senhor.  Livra-me de toda e qualquer intolerância, por mais que se aparente justificável aos meus olhos. Em nome de Jesus Cristo. Amém.

Leit.bíb.Mat.7:1 - 6