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terça-feira, 4 de junho de 2013

 NOSSOS IRMÃOS,  MORADORES DE RUA  Tiago 2:6ª. “Entretanto, vós outros menosprezastes o pobre”.

ANIBAL L. FRESCHI

O dia já se fazia bem alto. O sol aquecia seus corpos na calçada. Eles tremiam e balbuciavam palavras desconexas por causa da abstinência alcoólica da noite. Eles procedem de várias religiões. Possuem santinhos nos bolsos, bíblias, e alguns trazem no pescoço, as guias de seus orixás. Hoje o grupo estava maior. Novas pessoas, vindas de outras cidades integravam o grupo de desabrigados, conhecidos como “moradores de rua”. Parece que a sociedade acostumou-se com a expressão “moradores de rua”,  um status  atribuído à quem não tem mais nada nessa vida,  e nas ruas procuram seu último refúgio. Logo nas ruas, onde sofrem frio, tomam chuva, são agredidos e morrem. Mas nós nem nos comovemos mais, afinal, moradores de rua é mais uma classificação social. Uma das coisas que os ferem demais, é serem tidos por bandidos. Quando se aproximam das demais pessoas, são evitados, quando não são também, ainda mais humilhados. As políticas adotadas para lidar com essas pessoas, carecem de maior e melhor conhecimento da realidade delas. Fazer, por fazer, é a mesma coisa que não fazer. Estou falando de pessoas que possuem perfis históricos  complexos, que necessitam ser estudados e tratados individualmente. Entidades religiosas e de filantropia fazem o que podem, mas o estado tem nas mãos melhores ferramentas, basta vontade e comprometimento. São pessoas. São nossos irmãos. Deixo aqui o entendimento teológico de lado, pois O Senhor nunca exigiu certidão de batismo de ninguém para depois curar e salvar. Comoveu-me a oferta que um deles me fez, assentando-se ao meu lado na calçada: “Eu não tenho nada. Mas se o senhor precisar fazer uma transfusão de sangue, pode contar comigo” – disse-me  ele – estendendo-me o braço cheio de tatuagens, e cerrando o punho. Uma pessoa com sensibilidade à necessidade do outro, pois sabe o que é necessitar. Vamos cobrar das nossas lideranças, o que nos prometeram  quando nos pediram os nossos votos. Vamos exigir que elas deem melhor atenção a esses, que nas ruas estão, porque perderam muito, inclusive a própria voz.

Senhor. Abençoa esses pequeninos e desorientados irmãozinhos. Toca no coração de quem pode fazer algo por eles. Em nome de Jesus Cristo. Amém.
Leit.bí. Lc.14: 7 - 14




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