NOSSOS FILHOS  Sl.127:3ª “ Herança do Senhor são os filhos;”

Nossos filhos são na verdade,  de Deus. Eles não nos pertencem. Eles nos são cedidos por Deus, para serem amados por nós e nos conceder amor. Enquanto estão conosco, assim é que deve ser, pois um dia, de alguma forma poderão nos deixar. Nesse momento, o que vai nos consolar, serão todas as lembranças carinhosas. Estas sim, serão nossas. Lembranças que devemos cultivar e cuidar, pois nossos filhos, jamais nos pertenceram. Se deles a vida escapa, voltam para onde um dia estiveram, e de onde foram escolhidos para estarem conosco. Cumpriram a sua missão. Então, ficarão conosco, as lições que nos legaram. Com eles, aprendemos a amar, a ser carinhosos, justos, compassivos, tolerantes, generosos. E quando partem de nós, deixam-nos o ensino da necessidade de saber entregar, devolver. Assim é que os entregamos àquele a quem de fato sempre pertenceram e de quem na eternidade receberão os melhores cuidados, pois são heranças preciosas de Deus. Amém.

Senhor. Agradeço-Te pelos filhos que me deste e por tudo que me proporcionaram no tempo em que estiveram comigo. Em nome de Jesus Cristo.

DEUS É A NOSSA FORÇA  Sl.119:28 “ A minha alma de tristeza verte lágrimas; fortalece-me segundo a tua palavra”.

Assim é a vida. Ela nos dá, mas também nos tira. E quando perdemos, não há o que possa nos confortar, senão a força que Deus tem para nos oferecer. É com essa força que superamos as crises mais difíceis. Com essa força conseguimos suportar os cortes mais profundos e dolorosos da nossa alma nos momentos de perdas tão grandes. Que Deus dê grande porção dessa força à todos que tiveram suas perdas nesse momento. Que Deus console e conforte cada coração enlutado nessa hora. Amém.

Senhor. Ouve os prantos dos que perderam. Dá-lhes a força de que necessitarem para continuar  vivendo. Em nome de Jesus Cristo. Amém.

O SISTEMA       João 6:68 “Respondeu-lhe Simão Pedro: Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras da vida eterna;”

ANIBAL L. FRESCHI

Otávio foi membro exemplar de uma comunidade. Embora não tivesse vida de comunhão íntima e  fervorosa com o Senhor, quer  pelo estudo da palavra, quer pela oração, Otávio era oficial no conselho e dele participava com regularidade a qualquer custo. Nem a morte da mãe noutra cidade, o impediu que  estivesse presente à reunião ordinária do conselho. Dos cultos e escolas bíblicas dominicais, Otávio também não abria mãos. Faltar a um desses compromissos, causava-lhe grande mal estar. Era como se lhe faltasse o essencial para começar a semana. Otávio era um prisioneiro do sistema. Não sentia falta da comunhão íntima com Deus, pela leitura da palavra ou da oração sem pressa, mas se não estivesse presente às reuniões, sentia-se perdido. Como disse, Otávio era um escravo exemplar do sistema, mas não era um servo do Senhor. Ante a possibilidade de afastar-se do Senhor, Simão Pedro declarou que nada e ninguém poderia substituir a pessoa do mestre em sua vida. O mesmo deve acontecer conosco, se realmente somos servos de Deus. Nenhuma denominação, por mais histórica que seja, ou por mais pentecostal que se pareça, pode nos dispensar da comunhão permanente com o Senhor. Não basta irmos às reuniões ou aos cultos, se dentro de nós não houver o altar da adoração permanente a Deus. Podemos ser os melhores membros, porém não significa que somos bons servos de Deus. É preciso colocar cada coisa em seu devido lugar. Quem nos pergunta, se estamos estudando a palavra, ou orando frequentemente? Mas se nos ausentamos da congregação, logo vem a frase : “ Senti a sua falta”, ou seja, a platéia ficou desfalcada com a sua ausência. Como pode alguém sentir a minha falta, se não me conhece? Se nada sabe das minhas batalhas diárias, familiares, intimas? Há preocupação com o sistema e despreocupação com o vigor espiritual. E por falar nisso; você tem estudado a palavra? Você tem orado muito?  E quanto ao Otávio? Bem; ele cometeu um pecado que o sistema julgou ser imperdoável. Nalguns líderes, alguns  pecados provocam mais inveja do que zelo. Pouco se importam caso alguém fraudar o Imposto de Renda, ou  burlar a fiscalização, ou  explorar seus empregados. Otávio foi excluído, e a congregação foi proibida de chamá-lo de irmão. Para a liderança, o sistema estava acima de qualquer coisa. Nunca ficaram sabendo  que ele se arrependeu e tornou-se íntimo de Deus. Mas para o sistema, isso pouca importância tem. Paz seja contigo. Amém.

Senhor. Somente a Ti eu procuro e quero; pois só Tu podes me promover para além do que podem alcançar, os olhos dos homens.

Leit. Bíb. Mat.12: 6

EVIDÊNCIAS   Êx.34:35” Assim, pois, viam os filhos de Israel o rosto de Moisés, viam que a pele do seu rosto resplandecia;”

ANIBAL L. FRESCHI

Não basta ir ao monte, à praia ou à igreja, se de lá não sairmos resplandecentes da glória de Deus em nossas vidas. Apresentar evidências práticas de que houve algo extraordinariamente transformador em nossas vidas, é o que torna válido, o que fizermos para isso; seja ir ao monte, à praia ou à igreja. Caso nada haja em nós a testificar que estivemos na presença de Deus, tudo não passa de perda de tempo. Moisés trazia no rosto a resplandecência obtida por ter estado em profunda comunhão com Deus. E ainda, trazia nas mãos, os mandamentos de Deus para todo o povo. O benefício se estenderia aos demais. Se o lugar escolhido para estar em comunhão com o Senhor te diz algo, deve dizê-lo aos demais irmãos, pela mudança de vida que verão em você. Não tem a mínima importância o local onde você cultue e comungue com Deus, desde que haja sinceridade e mudança de vida, observada por todos. Uma mulher samaritana estava confusa quanto a questão de onde adorar a Deus. Jesus lhe mostrou que ir a esse ou àquele monte, de nada serviria caso não se tratasse de adoração verdadeira. Aquela; que leva à sério, a pessoa de Deus e a sua Palavra. Nossos púlpitos devem testemunhar que os seus ocupantes são verdadeiros em sua comunhão com o Pai, na medida em que dali soem mensagens de grande edificação para o povo. Nossas liturgias, mais do que espetáculos, devem nos remeter à um clima de santa reverência, pois é Santo o Senhor. Que nossas vidas reflitam a glória de Deus quando estivermos em casa, no trabalho, na escola ou em qualquer outro lugar. Amém.

Senhor.Que a Tua glória se reflita constantemente em minha vida.Em nome de Jesus Cristo.Amém.

Leit.bíb. João 4: 5 - 30

INDIGNAÇÃO           Mat.13:43 “Então os justos resplandecerão como o sol, no reino de seu Pai”

ANIBAL L. FRESCHI

Acredito que o grande anseio da maioria das pessoas, é que o estado cumpra seu papel. Nada de paternalismos, mas de responsabilidade no desempenho de suas funções. Esperamos que haja; segurança, educação e saúde, pois para isso contribuímos muito com os impostos altíssimos arrecadados aos cofres públicos. Gostaríamos que houvesse nos ministérios do governo, pessoas atentas e ágeis na administração e fiscalização dos serviços afetos. Gostaríamos de uma presidência que estivesse atenta aos noticiários e que imediatamente se movimentasse ao sinal de cada anormalidade denunciada. Gostaríamos que nunca houvesse famílias chorando perdas. Que nunca mais os doentes fossem aviltados. Que a dignidade do cidadão fosse defendida por não mais preciso ser, passar madrugadas frias em filas nas portas de escolas, para garantir vagas para os filhos. Que não mais houvesse corrupção. E havendo, sejam os corruptos, punidos dura e rapidamente. O país é naturalmente beneficiado. O povo na grande maioria; é bom. Em lugar de se rebelar, busca na religião, esperança. Infelizmente, nem todos que assumem compromissos de dignificar suas gestões, o fazem de fato. O sol da justiça se acha embaçado pelo jeito com que alguns tratam a administração que têm nas mãos. Contudo, não convém que percamos as esperanças, pois nalgum tempo o sol de justiça haverá de resplandecer e mostrar o fim reservado à quem viveu para espoliar, iludir e corromper. Para eles; o inferno, com todos os seus acessórios. Amém.

Senhor. Diante de tantas mazelas e injustiças; como me acomodar? Dá-me sempre a capacidade para enxergar os raios do sol de justiça que um dia resplandecerá. Que eu saiba guardar a fé, enquanto prossegue o combate. Em nome de Jesus Cristo. Amém.

Leit.bíb.Mat.5:6 

APESAR DE VOCÊ   Nm.11:14 “Eu sozinho não posso levar a todo este povo, pois me é pesado demais.”

ANIBAL L. FRESCHI

O lamento de Moisés é carregado de lições à todos líderes na obra de Deus. Você tem nas mãos o ministério da música, embora existam músicos melhores do que você por aí. Mas Deus escolheu você. Você é o pregador que vai entregar a mensagem, embora melhores do que você, existam tantos por aí. Mas Deus escolheu você. Porque Deus escolheu você e não os melhores? Simples. Porque a obra é Dele e você também. Então quem é dono, pode  fazer o que  bem lhe aprouver. O Senhor espera que o ministério seja desenvolvido por você com muito sucesso. E como Ele sabe das tuas limitações, Êle vai trabalhar com você. Então, pare de resmungar, e trabalhe. Ponha as mãos no arado, e nada de ficar reparando nos lados, naqueles que você julga melhores ou piores, pois Deus está trabalhando também. Se Deus te deu a liderança de um serviço, não queira repartir isso. Liderança não se reparte, se exerce. Lidera, ou é liderado. Ele comissiona e também pede resultados. Ele comissiona e também cobra um bom serviço. Se você está consciente de que foi Deus quem te colocou onde você está, saiba que você está sendo observado diuturnamente pelo Senhor. Você lidera, mas quem envia os recursos é Deus. Apesar de você, Deus espera que a obra alcance os melhores resultados. Sim, apesar de você, pois a obra não pode ser feita como você bem entende, mas de acordo com o projeto que Deus colocou em tuas mãos. Caso você desconsidere isso. Caso você faça a obra pensando que ela é propriedade sua e que você é quem manda e desmanda, não reconhecendo que a liderança que está em tuas mãos deve obedecer o roteiro divino, para atingir o alvo divinamente estabelecido, você se cansará e se desanimará com facilidade. Tudo o que fizermos, sem levarmos em conta a eternidade e a santidade Daquele que nos chamou, não permanecerá por muito tempo. Ser líder dentro da seara divina não é tarefa fácil, porém factível, se nos colocarmos nas mãos de Deus e não levarmos em consideração nossas capacitações pessoais. A exigência é sempre maior de tudo aquilo que pudermos ser ou fazer. Então, faça a obra apoiado e obediente ao Senhor. Em nome de Jesus Cristo. Amém.

Senhor. Bem verdade é, que nada sou, diante de tão grande projeto. Clamo por tua direção, para seguir e fazer o que esperas de mim. Em nome de Jesus Cristo. Amém.

Leit.bíb.1ª Tm.3: 1 – 7 

ACIMA E ALÉM DO DESERTO    Ex.16:10 Quando Arão falava a toda a congregação dos filhos de Israel,olharam para o deserto, e eis que a glória do Senhor apareceu na nuvem.”

ANIBAL L. FRESCHI

Ali estava um povo de origem celestial, fruto da vontade de Deus, a caminho da bênção prometida; a sua terra. Aquela; que mana leite e mel. Sendo assim, suas provisões viriam de Deus, que os organizou como sua nação, exclusivamente sua. Sua provisão seria especialmente divina. O estrangeiro não se sentia à vontade com ela, pois o estranho à aliança, nada entendia e nem se contentaria com ela. Ex.6:7,8. O povo que compreendia sua especial posição naquele deserto, embora a situação ao estranho sugerisse lamentos e desistências, o povo de Deus podia cantar: “O Senhor é a minha força e o meu cântico” Ex.15:2. Não é a abundância, mas a satisfação que nos traz a alegria. As respostas às suas necessidades não viriam do próspero Egito, pois este lhes fora tão apenas algoz, que lhes afligiu a vida pela compensação de panelas de pepinos e cebolas. As respostas nem viriam do deserto miserável ,de cujas areias escaldantes e sol abrasador nem uma folha de erva poderia nascer. Quando olharam, viram que sua provisão viria do alto, de onde a glória de Deus se manifestava. A direção para onde nos aponta a fé em tempos de desafios, é para a frente e acima das circunstâncias. Nos fixamos naquilo que outras pessoas não conseguem entender, pois ainda não experimentaram o novo nascimento em Cristo. Se de Cristo nascemos, é de Cristo que nos alimentamos e para Cristo vivemos. O estranho às promessas tem neste mundo toda a sua esperança, pois precisa de muitas coisas em que se segurar, enquanto que o povo de Deus tem em Deus a sua segurança, e Nele mantém as suas expectativas eternas. No deserto deste mundo, temos no Senhor descanso e refrigério, ainda que o trecho da caminhada seja muito desgastante. Quando chega o desânimo e a tristeza precisamos compreender que além das dificuldades do deserto, há a glória de Deus avisando que Deus caminha conosco e a sua glória está acima do deserto, a nos incentivar a caminhar adiante. Assim é o que nos ensina a Palavra, pois somos de Deus, e Deus acima de tudo está.

Senhor. Olho acima de tudo, para a Tuas glória que alimenta a minha fé a cada dia. Em nome de Jesus Cristo. Amém.

Leit.bíb. Salmo 121 

CRESCIMENTO E MATURIDADE  2ªPe.3:18 “Crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.”

ANIBAL L. FRESCHI

Criança é frágil, indefesa, crédula e precisa ser cuidada, protegida  e orientada. Criança é influenciável e pode ser enganada. Enquanto a maturidade não chega, precisamos cuidar e proteger as nossas crianças. Com a maturidade, chega a capacidade de assumir a vida; e assim fará, usando tudo o que aprendeu e vivenciou na infância. O que não pode acontecer, é que permaneça sempre criança. É preciso crescer e adquirir maturidade para a vida. Na esfera espiritual também é preciso haver crescimento e maturidade. Nascemos em Cristo para uma vida nova que precisa se desenvolver. Nascemos de Cristo e nos alimentamos de Cristo para o crescimento. O alimento não pode ser outro, a não ser a Palavra de Deus, que nos revela Cristo para nosso conhecimento. Paulo estabelece um paralelo do crescimento natural, com o espiritual; 1ªCor.13:11 “Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, pensava como menino; quando cheguei a ser homem, desisti das coisas próprias de menino”. O padrão para crescimento é Cristo, e é isso que se espera que os ministérios enfatizem, para o crescimento e a maturidade dos fiéis (Leia Ef.4:11-13). Se não for assim, o cristão permanecerá na infantilidade espiritual, sendo presa fácil para qualquer vento de doutrina. Precisamos tomar cuidado com aquilo que ministramos. Há púlpitos que se propõem a ser muito engraçados, porém sem o fogo da unção do Espírito Santo. Pregadores de si mesmos, de seus feitos, porém, não de Cristo, e dos feitos de Cristo. Não vamos à igreja para morrer de rir, há recursos mais eficazes noutros lugares para isso. Vamos à igreja, para prestar culto ao Senhor e nos alimentarmos da Sua Palavra. Também nisso, há muita confusão no seio da igreja. A Palavra de Deus não é tomada como alimento, mas elemento de discussão e contestação. Lembro-me que no deserto, se o maná não fosse comido, se estragava, criava vermes e cheirava mal. Êx.16: 19,20.  Muitos têm muita bíblia, sobra-lhes conhecimento,  mas dela se alimentam pouco. Suas vidas se deterioram por aquilo que não lhes alimenta a alma, mas serve-lhes de instrumento para um exibicionismo barato e frágil, que sucumbe rápido, perante uma análise  honesta.  Não há acordo teológico. Todos os dias, aparece uma nova teologia. Há muita disputa por uma membresia, que nunca chegará à maturidade, com o que lhe é ministrado. Como será que O Senhor da Igreja está se sentindo? A noiva do Cordeiro precisa ser respeitada com a devida reverência, dedicação e honra. Busque crescimento. Não se acomode à infantilidade espiritual. As lutas e batalhas são reais e violentas. Precisamos ser fortes no Senhor e amadurecidos pelo Espírito Santo, para não cairmos nos argumentos falaciosos daqueles que têm como deuses, seus próprios ventres, (leia Rom.16:18; Fil.3:18 – 21). Amém.

Senhor. Abra nossos olhos, para que vejamos o que nos leve ao crescimento e à maturidade espiritual. Em nome de Jesus Cristo. Amém.

Leit. Bíb.Efésios 4: 11 – 16.   

ENXERGANDO O CÉU    At.7:56 “...Eis que vejo os céus abertos e o Filho do homem em pé à destra de Deus”.

ANIBAL L. FRESCHI

Enquanto estamos no mundo, passamos por dores e aflições. E quando isso acontece, quer dizer que estamos vivos, pois do nascimento até à morte, dores e sofrimentos fazem parte da nossa existência. O Senhor Jesus disse aos discípulos: “ No mundo passais por aflições; mas tende bom ânimo, eu venci o mundo”,(João 16:33b). Jesus enfrentou as maiores dores, e sofrimentos imensuráveis, mesmo tendo a oportunidade de escapar deles, caso aceitasse a proposta do inimigo ao lhe mostrar as riquezas do mundo,(Mat.4: 8,9). A glória junto do Pai o impressionava muito mais.  O que nos anima diante das aflições por que passamos? A mesma certeza que levou Estevão; numa situação de dor e de morte a declarar: “ vejo os céus abertos e o Filho do homem em pé à destra de Deus”. Bendita certeza, a de que temos a nos esperar o céu; e a nos receber ali, aquele cujo sacrifício, reconhecemos ser perfeito e suficiente, para a nossa salvação eterna. Ele que foi nos preparar lugar para que onde estivesse na eternidade, estivéssemos com Ele,(João.14:3). Os sentidos de Estevão eram sensíveis aos sofrimentos e às dores, mas a sua alma enxergava o céu. A sua alma enxergava Jesus e toda glória de Deus. Não há como viver neste mundo sem experimentar sofrimentos. Mas todos eles serão superados se nossa alma, bem alimentada pela Palavra de Deus, estiver focada no céu que nos espera. Além do sofrimento. Além das dores, haverá descanso para aquele que perseverar firme na fé e souber entender que as coisas deste mundo, aqui ficarão. E que nosso maior tesouro não se encontra aqui, mas lá, na eternidade, fora do alcance de traças e ferrugens e onde ladrões não poderão alcançá-lo,(Mat.6:19-21). Amém.    

Senhor. Que minha alma nunca deixe de enxergar o céu que me espera. Que o brilho deste mundo não impeça que eu contemple o brilho da Tua Glória. Em nome de Jesus Cristo. Amém.

Leit.bíb.Mat.7: 13 - 23

O PERDÃO QUE NOS LIBERTA   Lc.6.37c.”...perdoai, e sereis perdoados;”

ANIBAL L. FRESCHI

Nosso coração pode se transformar num cárcere, numa masmorra, onde fazemos prisioneiros aqueles que nos ofenderam; que nos prejudicaram. À todo momento vamos verificar se de fato estão sendo açoitados pelo carrasco do ódio que empregamos para esse serviço. Então, nos lembramos de cada detalhe de suas culpas, e com isso, instigamos o verdugo imaginário a que lhes inflija sofrimentos maiores. Assim, podemos passar dias, meses e anos, subindo e descendo as escadas do calabouço, numa rotina doentia. Se pensarmos um pouquinho, veremos que nos fizemos prisioneiros também. Ficamos tão absortos nessa funesta vigília, que nos esquecemos de viver. Ficamos prisioneiros com os nossos ofensores. Então, a Palavra de Deus nos incentiva a soltar nossos prisioneiros pelo alvará do perdão, para que também ganhemos a liberdade para continuar vivendo. Perdoar é absolver. Perdoar é soltar o culpado para que ele siga o seu caminho, e enquanto isso; seguimos o nosso. Enquanto isso não acontece, convivemos  nas masmorras infectadas por sentimentos ruins que nos tornarão doentes. É preciso perdoar. É preciso quebrar os cadeados e soltar aqueles contra quem conservamos ressentimentos. Entenda que você tem uma parcela de culpa pelo que você está sentindo. Afinal, você acreditou demais. Você esperou demais, de quem é imperfeito e limitado demais para nunca errar. Agora, a única coisa que você pode fazer, é soltar os prisioneiros e libertar-se também. Amém?

Senhor. Dá-me o alívio de me ver livre dos ressentimentos que tanto me incomodam. Em nome de Jesus Cristo. Amém.

Leit.Bíb. Salmo 32 

O PODER DAS ATITUDES      Mc.10:51 “Perguntou-lhe Jesus: Que queres que eu te faça?

ANIBAL L. FRESCHI

Paramos diante de um portãozinho que dava para um corredor. Dona Bia( nome fictício, como todos que usarei), era membro de uma igreja da qual se desviara Samanta, a jovem que estávamos prestes a visitar. Dona Bia convidou seu pastor, porém ele se recusou, alegando tratar-se de uma desviada, de vida errada e que morava num ambiente pecaminoso. Dona Bia abriu o portão de latas de óleo abertas e sobrepostas numas travessas de madeira. Seguimos corredor adentro, e enquanto caminhávamos, algumas pessoas encostadas na parede nos examinavam desconfiadas.  Próximos da porta da casa; uma meia água; dona Bia cumprimentou alguns jovens, perguntando-lhes da família, e porque tinham sumido da igreja. Esboçavam apenas sorrisos, enquanto tiravam seus bonés para coçar as cabeças cheias de tatuagens. Dona Bia empurrou a porta, que de enroscada no piso, entortou antes de abrir, e entramos. Uma cozinha suja, uma pequena pia com algumas latas, panelas e pratos com restos de comida. Estava meio escuro ali. Então dona Bia se dirigiu a uma porta que dava acesso a um cubículo, usado como quarto. Ao seu sinal, eu a acompanhei. Um local de causar tristeza. Parecia restos de um furacão. Numa cama apoiada em pedaços de tijolos, lá estava Samanta, a desviada. Encolhida na cabeceira da cama, ela se coçava sem parar. Foi então que dona Bia abriu a pequena janela. Samanta estava coberta com trapos, que não conseguiam esconder o seu corpo nu, cheio de manchas brancas. Samanta estava coberta de sarna. Samanta estava cheia de piolhos. Samanta estava anêmica. Samanta estava deprimida. Seus olhos se fixaram em mim, e pareciam cheios de tristeza e dor. Pareciam pedir clemência. Dona Bia foi dizendo: “Esse aqui é o pastor...”- interrompi-a, “ pastor, não. Sou um irmão. Apenas um irmão”. O título é muito pesado para mim. Não me sinto confortável com ele. Irmão, sim. Desse, eu gosto. Bem; então feitas as apresentações, perguntei a Samanta se poderíamos conversar. Eu precisava ouvi-la. E que eu me interessava por ela. Ela sorriu e me perguntou: O senhor se interessa por mim? Por que? Eu não tenho nada. Eu não sou nada!”. Essa, foi a deixa. “Nada”. É tudo o que Satanás deseja fazer com as pessoas. Reduzi-las a “nada”. Samanta morava ali com o irmão mais velho. Tinha outros três. Dois viviam com parentes; o caçula, morava nas ruas. Ela, a única irmã, perdera a mãe aos oito anos de idade. O pai se tornara alcoólatra e a família se desmantelou. O irmão de Samanta; o mais velho; perdera uma perna numa troca de tiros em disputa por ponto de tráfico de drogas. Usava uma muleta. Samanta morava com ele, e ali aparecia todos os tipos de pessoas, com todos os tipos de intenções. Samanta tinha vida promíscua. Então, começamos ali, um período de longos meses, de batalhas em orações, estudos bíblicos, conversas e mais conversas. Samanta vomitou inúmeras vezes, ao falar de seus sentimentos e ressentimentos. A partir de um certo ponto, as coisas começaram a mudar. Um dia, Samanta telefonou desesperada. Seu irmão mais velho, fora assassinado.Ele sempre me evitou, porém não conseguiu fugir da morte. O velório foi rápido. Rápido também foi o despejo de Samanta da casa em que morava. Foi morar com uma prima. Foi então que arrumou um emprego com carteira assinada. Samanta trabalhou nessa empresa por um ano, até que foi incluída na dispensa coletiva. Samanta não esperou pelo seguro desemprego. Correu atrás de outro emprego. Foi admitida e trabalha até hoje nessa empresa. Samanta teve recaídas. Samanta teve rápido namoro com um colega de trabalho. Ela ficou grávida. Ele rompeu o namoro. Samanta deu à luz à uma linda menina. Samanta reuniu os irmãos e foram buscar o pai nas ruas. Samanta e os irmãos montaram uma casa. Samanta vive em família. Samanta está namorando um homem dez anos mais velho que ela. Ele ama Samanta e  sua filhinha. Samanta está muito feliz. Samanta marcou a data do casamento. Samanta leva a filha para passear e todos se admiram. O que houve com Samanta? Ela assumiu as responsabilidades da sua própria vida. Dona Bia deu-lhe a mão. Outros também o fizeram. Samanta quis, e O Senhor a abençoou. Atitude. Um dia Jesus perguntou a um cego, após vê-lo jogar fora uma velha capa: “Que você quer ? Ele não hesitou, respondeu de imediato: Eu quero enxergar. Atitude. Deus te abençoe. Amém?

Senhor. O ano é novo, e as minhas atitudes também. Abençoa-me para que os resultados aconteçam. Em nome de Jesus Cristo. Amém.

Leit.bíb. Marcos 10: 46 - 51

A VIDA É SUA; AS RESPONSABILIDADES TAMBÉM.  2ª Tes.3:10b” Se alguém não quer trabalhar, também não coma”.

ANIBAL L. FRESCHI

Existem inúmeros exemplos de pessoas que deram a volta por cima. Alguns eram moradores de rua, viciados, à margem de tudo e de todos. De repente, mudaram de vida. O que houve? Simples! Tomaram uma decisão e assumiram compromissos consigo próprios. Daí a encontrar quem lhes desse a mão, não foi muito difícil. Difícil é querer ajudar a quem sequer se ajuda. Esperam que alguém faça tudo por eles, e eles mesmos nada fazem por si. Sei do que estou falando. Convivo nesse ambiente com pessoas que pretendo ver suas vidas melhoradas, porém, muitas não querem saber de responsabilidades. E a vida exige isso; responsabilidade. Nossas escolhas trazem suas próprias conseqüências, e devemos arcar com elas. Não podemos escolher um estilo de vida e repartir a conta com quem nada tem a ver com isso. Se não quer trabalhar, não coma; foi o que disse o apóstolo. Quem pretende viver sem compromissos, que abra mãos das regalias. Sei que esse discurso é duro, porém necessário para despertar quem se acostumou com tudo nas mãos, julgando que o mundo é uma festa na qual somos os convidados a quem os outros devem servir. Sei na prática, que muitos se acham em situações difíceis sem ter concorrido para que assim fosse. Muitos outros, no entanto, se aproveitam da bandeira do” social” e se acampam debaixo dela para sempre, esquecendo-se de que isso não é moralmente correto. Faça o bem, estenda a mão, dê oportunidades, mas exija que o favorecido se mexa também. Amém?

Senhor. Que minhas obras não sejam estímulos à inércia e preguiça de quem pretendo ver a vida transformada. Em nome de Jesus Cristo. Amém.

Leit.bíb. Sl.128

COM QUEM VOCE CONVERSA?  Gen.2: 23,24 “ E disse o homem: Esta, afinal, é osso dos meus ossos e carne da minha carne;...Por isso deixa o homem pai e mãe, e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne.”

ANIBAL L. FRESCHI

Que maravilha de cerimônia! Adão e Eva cheios de encantamento, tendo  Deus como celebrante, numa atmosfera espiritual com ornamentação paradisíaca. Passaram-se os dias, e lá estava Eva sozinha conversando com um bicho. Conversava e levava o bicho à sério. Adão tão ausente, embora tão próximo, nem se deu conta da novidade que Eva trazia nas mãos,  que por sinal, era uma novidade mortal. Ele simplesmente; sem comentar nada; a tomou das mãos da esposa e silenciosamente a degustou. Quanta ausência! Uma das coisas que fazem parte do compromisso do casamento é o suprimento do vazio. Todos nós temos interiormente, uma serpente pronta a propor coisas que causarão danos terríveis. Se houver espaço e oportunidade, ela se revelará. Ela sempre se apresenta nos momentos em que o outro falta. Casamento requer companheirismo, amizade e disposição para ouvir e compreender. Você está disponível?  Você é capaz de ouvir e entender o que o outro está querendo dizer além das palavras que  pronuncia? No passado, havia tempo para o namoro. Havia paciência e compreensão. Ainda há? Onde estão e o que estão fazendo hoje o Adão e a Eva, depois dos votos assumidos diante de Deus e das testemunhas?  

Pai. Que meus ouvidos sejam surdos aos perigosos apelos da minha carne. Em nome de Jesus Cristo. Amém.

Leit.bíb. Prov.5: 15 - 23 

                                                                                   

CASAMENTO;  STATUS OU COMPROMISSO?   Ef.5:29 “Porque ninguém jamais odiou a sua própria carne, antes a alimenta e dela cuida,”

ANIBAL L. FRESCHI

Ao comunicar às amigas que está namorando, a jovem exibe uma expressão de triunfo que traduz  um “Ufa...eu consegui!!!”. Enquanto isso, as demais se esforçam por demonstrar solidariedade, ao mesmo tempo em que, ansiosas, esperam por sua vez. No dia do casamento, a noiva entra na igreja com ares de triunfo, enquanto as demais jovens amigas, procuram por algum detalhe que  evitarão, quando seu dia chegar. Mesmo assim, deixam transparecer emoções de contentamento, sussurrando às margens do corredor; “você está linda...” As alianças são trocadas sem muita noção do que elas representam, apesar das palavras que compõem o momento. Palavras que falam de “compromisso”. Passam-se os dias, os anos e lá está no dedo a aliança, a repetir a palavra “compromisso”. Pois é isso mesmo; casamento é compromisso. Compromisso com o outro e tudo o que o outro é. Compromisso com tudo o que a nova situação proporciona. Compromisso com aqueles que chegarão e ocuparão espaço e tempo dentro da família constituída, ou seja;  compromisso com os filhos. Mas, para assumir compromissos, é preciso ter condições para honrá-los. Você está pronto(a),  para assumir algo que é mais do que status? Você está pronto(a) para assumir o compromisso do casamento?  

Pai. Ajuda-me a considerar seriamente os votos de compromisso assumidos. Em nome de Jesus Cristo. Amém.

Leit.bíb.Mat.7: 12