NÃO QUEIME AS PANELAS; APAGUE O FOGO. Rom.14: 1- 2 “ Acolhei ao que é débil na
fé, não, porém, para discutir opiniões. Um crê que de tudo pode comer, mas o
débil come legumes.”
ANIBAL L. FRESCHI
É domingo, dez horas da manhã, hora de começar o preparo do
almoço. A campainha toca e eu vou atender. Ao abrir a porta, deparo-me com duas
senhoras simpáticas, elas trazem alguns livros nos braços. Cumprimentam-me com
largos sorrisos enquanto me estendem as mãos, perguntando:”Podemos tomar um
pouco de seu tempo?”De pronto entendi o que isso significava. Queriam me falar
sobre a sua fé. Lembrei-me das ordens e recomendações
do Senhor:”Ide e fazei discípulos” Mat.28:19, ”prega a palavra, insta, quer
seja oportuno,quer não,”2ªTim.4:2, e ali estavam elas, enquanto eu me
preocupava apenas, com panelas e fogão.
Senti-me um tanto em desvantagem quanto ao zelo e obediência à Palavra de Deus.
Foi então, que não mais enxerguei duas criaturas incômodas, mas duas mães,
esposas, filhas, profissionais de alguma área, que bem poderiam estar no
aconchego da família, ou à beira de uma deliciosa piscina. Mas, não. Ali estavam,
abrindo mãos de muitas coisas para me comunicar a sua fé. Não tive alternativa,
senão, dar-lhes as boas vindas e me aprontar para ouvi-las, não sem antes,
correr à cozinha e desligar o fogão. Uma sensação de dever e responsabilidade
foi tomando conta de mim, enquanto o ambiente foi se enchendo de uma serenidade
incomum. Então, veio a pergunta. A grande deixa que o Espírito Santo preparara
para mim. Ele ergueu a bola, quando uma me indagou: “O senhor conhece a Palavra
de Deus?” Não hesitei. Entrei no jogo
prá valer. Entendi que Deus enviara duas almas para obterem algum
esclarecimento e que Ele usaria o meu pouco saber, para abençoar tão ilustres
visitas. O Espírito Santo se encarregaria de suplementar no que faltasse.
Falei-lhes da importância da Palavra de Deus na minha vida. Contei-lhes a
história da minha conversão. Trouxe à conversa pontos bíblicos importantes de
serem conhecidos para conversão e prosseguimento na fé. Discorri o quanto pude
sobre a Trindade Santa, mostrando as evidências do Deus Espírito Santo nas vidas
dos remidos, da igreja, enfim, deixei com elas muitas informações, que acredito,lhes
fossem desconhecidas, pois na medida em que lhes expunha, seus olhos brilhavam
de satisfação, como que se estivessem bebendo de nova fonte de apreciável
sabor. Então, teci-lhes elogios sobre sua disposição e abnegação, em se entregarem
ao trabalho de sua fé. Foi quando um par de olhos marejou e uma delas me
confidenciou: “ O senhor não imagina, quanta humilhação sofremos para isso.
Pessoas nos batem portas na cara, nos ofendem, sem piedade.” Disse-lhes que
perdoassem, como Jesus perdoou. Então, enxugando os olhos com um lencinho,
levantou-se. Agradeceu-me a porção de amor que pode sentir, enquanto sua companheira,
parecendo não entender, pois foram para falar e acabaram ouvindo muito, se levantou
também. Despediram-se, e se foram. Eu voltei ao fogão e o acendi novamente, com
a leveza do dever cumprido; pelo menos por enquanto. Sabe! Queridos? Não temos
o direito de maltratar quem quer que seja. Precisamos conhecer bem em que se
fundamenta a nossa fé, para não temermos viver situações, que na verdade, são
oportunidades para nós. Oportunidades para a evangelização.Contra a verdade,
não há o que fazer. E nós conhecemos a verdade, não é mesmo? Deus sempre coloca
pessoas em nossos caminhos. E com elas, Ele nos dá a responsabilidade de
guiá-las pelo melhor caminho, João 14:6. Amém.
Senhor. Dá-me a
sensibilidade para perceber oportunidades para abençoar pessoas com a Tua
Palavra. Em nome de Jesus Cristo. Amém.
Leit.bíb.2ªTimóteo 2:
15
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