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quarta-feira, 1 de agosto de 2012


SE DEUS SABE DE TODAS AS COISAS, PORQUE DEVEMOS ORAR?

ANIBAL L. FRESCHI

Temos aqui, uma grande e significativa afirmação, seguida de uma importante interrogação. Sim, Deus sabe de tudo o que se passa em qualquer lugar do universo. Existem estrelas e galáxias que nós não enxergamos, sequer com os telescópios mais potentes e modernos. Há grutas e cavernas na terra e nos oceanos, que ninguém penetrou. Muitos são os corações que nunca tiveram qualquer contato com a Bíblia Sagrada. Existem coisas, lugares e pessoas tão distantes de nós,  que nos são totalmente desconhecidos. Pois bem. Tudo e todos; embora ignorados por nós, estão escancaradamente expostos aos olhos de Deus. Seja um elefante ou uma ameba. Um cisco ou o sol. Um milionésimo de milímetro, ou um bilhão de anos luz. Prov. 15:3” Os olhos do Senhor estão em todo lugar...” e ainda em Heb. 4: 13 “ E não há criatura que não seja manifesta na sua presença; pelo contrário, todas as coisas estão patentes e descobertas aos olhos daquele a quem temos de prestar contas.”Tudo é do pleno conhecimento de Deus, seja algo ou alguém. Seja público e notável, ou absolutamente anônimo e privado para nós; não o é para Deus. Ele vê tudo o que se passa ali. “Então”; alguém dirá:      “que sentido fazem as nossas orações? Sendo Deus onisciente, as disposições do meu espírito, sejam elas para intercessões ou ações de graça, dispensam qualquer manifestação seja ela silenciosa ou audível, uma vez que tudo é do conhecimento divino.” O Salmo 139 nos mostra o quanto estamos descobertos diante de Deus antes mesmo de balbuciarmos uma pequenina oração, Sl 139:4 “Ainda a palavra não me chegou à língua, e tu, Senhor, já a conheces toda”. Então insistimos na pergunta: Porque devemos orar?
Não poderemos responder a essa pergunta se não fizermos algumas considerações sobre a oração. Em primeiro lugar, quando falamos de oração precisamos entender que se trata de um meio, um recurso. Na esfera gramatical, uma oração é o instrumento da escrita que comunica o que se tem em mente. Quando alguém lê uma oração gramatical vai encontrar o pensamento de quem escreveu ali, e o seu propósito de ser compreendido. É um instrumento para comunicação. Mas vamos ao que nos interessa. Na esfera espiritual, é a mesma coisa. Quando alguém ora, está comunicando aquilo que tem dentro de si e espera ser compreendido. E a oração é feita com destino certo, que é a Pessoa de Deus. A oração é um meio de nos comunicarmos com Deus. Também é conhecida como um meio de graça. O que isto quer dizer? Que a oração se presta a alcançar algum favor, haja vista que graça é favor imerecido. Nosso imerecimento se encontra no fato de sermos criaturas caídas e de natureza corrompida que nada merece, senão a punição pelo seu estado de pecaminosidade. Então, sendo assim, seria de se esperar que nenhuma oração tivesse qualquer efeito positivo a nosso favor. Pois aí é que se encontra  a compreensão do porque devemos orar. Quando oramos, revelamos o espírito de dependência daquilo que Deus é, ou seja amor. Revelamos que vivemos na dependência desse amor. Demonstramos que todos os gestos e atos de Deus, feitos amorosamente por nós, são por nós reconhecidos e aceitos. Nossa situação de dependência em oração, revela isso. Não nos sustentamos em nós mesmo para a oração, pois sabemos que aquilo de que necessitamos não se encontra em nós, mas em Deus e dele nos aproximamos, usando como cartão de apresentação, um nome diferente do nosso nome, mas o nome de seu Filho Jesus Cristo, a prova mais evidente do seu amor por nós, no qual acreditamos, o qual recebemos e do qual não abrimos mãos. Quando pensamos no amor de Deus por nós, não podemos ignorar nossas faltas e pecados, que põem em risco qualquer possibilidade de favorecimento divino. Mas ainda assim, Deus nos acolhe. Isto quer dizer que Deus vê em nós algo seu, e que precisa ser protegido. A distância que o pecado coloca entre o nosso estado e o estado divino, que é de santidade absoluta, é encurtada pela intervenção de Cristo, que no lavar regenerador, nos limpa as feições de Deus que o pecado escondeu sob a sujeira. O Filho pródigo foi reconhecido pelo coração amoroso do Pai, mas precisava ser reconhecido pelos demais. Daí o cuidado com o seu visual para que fosse reconhecida a sua pessoa como parte da família. Na oração, ao fazê-la em nome de Jesus Cristo, estamos revelando a nossa face de pessoa regenerada pelo sangue da expiação. Nossa voz se faz reconhecer entre tantos outros apelos, como familiar para Deus, e sobrenatural aos ouvidos das forças e potestades do ar, nas regiões celestiais. Quando alguém ora em nome de Jesus Cristo, sua voz pode ser emitida num balbucio, porém ecoa até o inferno, pelo poder do nome daquele que está acima de todo nome. Esse nome é a amplificação do som de nossas orações. Por isso, é dispensável qualquer gritaria, pois sem a legitimidade de uma oração eficaz, será como o som de uma lata vazia; quanto mais vazia a lata, maior o barulho. Apenas barulho. É o nome de Jesus que leva a voz de comando através do espaço que faz tremer os poderes e toca o coração de Deus. A força desse nome precisa ser exercida primeiramente em nós para depois então ser reconhecia a nossa oração. Não há como disfarçar e enganar se a nossa oração não revelar que o poder do nome de Jesus já fez efeito dentro de nós. Certa vez algumas pessoas usaram o nome de Jesus a quem Paulo servia. O que aconteceu? Um desastre. Pois não havia qualquer autoridade na oração feita. Muitos outros apelaram para o Senhor Jesus em seus momentos difíceis e foram atendidos. Por que? Porque pessoalmente a autoridade do Senhor era reconhecida por seus corações. Não adianta orar sem que primeiro haja a fé necessária que revela no íntimo, que Jesus Cristo é o Senhor, sob cuja autoridade nos dobramos e de cujo poder nos revestimos, para viver e interceder. A graça da qual o meio de alcance é a oração, é o favor que os méritos de Cristo nos proporcionam para salvação e santificação, ou seja permanência no estado de salvação. Essa graça revela nossas feições filiais pela nossa roupagem e situação, por causa da expiação vicária de Cristo. Então nos aproximamos sem receios do trono gracioso, na medida em que forças e potestades nos observam na condição de filhos de Deus, cheios da autoridade de Cristo, em nome de quem nos apresentamos e somos recebidos. Em segundo lugar, temos de reconhecer que sendo Deus nosso Pai, a Ele é reservado o direito de atender ou não às nossas reivindicações filiais. Então, não basta usar o nome de Cristo e pronto, seremos atendidos? Graças a Deus não. Pois nossos pedidos estão presos à nossa capacidade de conhecimento e compreensão de tudo e nisso somos muito limitados, e por isso, nem sempre o que julgamos ser um bem, de fato o é ou será. Nossas petições se baseiam muito em nossos sentimentos, e estes podem ser questionáveis à luz do que possa ser um bem, legítimo, necessário, enfim nem mesmo nós somos capazes de explicar muitas das nossas vontades. Deus sempre tem diante de si, o que à nós é obscuro. Ele tem diante de si o depois, enquanto nos guiamos pelo agora. E com freqüência nos esquecemos de que fazemos parte da eternidade e que essa não pode ser comprometida por algum favorecimento presente que poderá ser um prejuízo eterno. O que de fato é bom para nós? O que de fato é bom para aquela pessoa por quem intercedemos? Quem conhece a situação real e sabe o que lhe é melhor? Deus sabe. Por isso, Jesus, a despeito de qualquer sofrimento ou angústia, se colocava na oração, em estado de dependência da vontade do Pai. Ele até ensinou isso na oração dominical,”Seja feita a Tua vontade, assim na terra como no céu”. Então, oração, é a busca pela graça. E graça é o que de melhor existe para nós, e que só Deus sabe o que é, e onde se encontra. Há um grupo de solteiros e descasados, homens e mulheres, que se reúnem para orar por uma companhia. Percebo às vezes que a ansiedade é tanta, que se acham dispostos a encontrar qualquer pessoa. No futuro, certamente terão problemas. Não basta ter alguém do lado, é bom ter uma bênção do lado. Certa vez uma jovem me procurou para que orasse pelo seu namorado. Quando me preparava para orar, perguntei-lhe o que desejava que eu pedisse a Deus sobre o jovem. Ela disse que seu desejo era que o namorado largasse a esposa, para ficar com ela. Quase surtei. Levantei-me e expliquei-lhe sobre oração, compromisso com Deus e obediência a sua vontade suprema. Ela não gostou muito não. Dias depois, apareceu para me pedir que orasse com ela, para que Deus lhe desse um namorado que fosse uma  bênção. Oramos. Meses depois oramos, de novo, na celebração do noivado, Meses mais tarde, celebramos seu casamento. Louvado seja O Santo e Bendito Nome. Amém.   

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