O CALVÁRIO Lc.23:
40 “ Nem ao menos temes a Deus, estando
sob igual sentença?”
ANIBAL L.FRESCHI
A crucificação de Cristo nos
remete à reflexões bem interessantes e muito necessárias. O quadro triste do
Servo sofredor em total abandono, pode provocar sentimentos de piedade, e de
inconformação. No entanto, é preciso observar os motivos que provocaram os
fatos no Calvário. Enquanto caminhava a via que O levava ao monte, O Senhor se
dirigiu às mulheres que O acompanhavam em prantos, dizendo-lhes: vrs.28”Não
choreis por mim; chorai antes por vós mesmas e por vossos filhos”. Essa
advertência chega até nós também. Refletir a Paixão de Cristo, sem levar em
contas o nosso jeito de viver e conviver, é pura perda de tempo. É só
espetáculo, e nada além disso. A Paixão de Cristo deve ser muito mais do que
uma contemplação comovida, e sim o momento oportuno para pesarmos e examinarmos
o modo como vivemos e nos relacionamos. A nossa maneira de encarar o próximo, nossas
responsabilidades sociais, a qualidade do nosso caráter. Oportunidade para
examinar o tipo de família que constituímos, os filhos que geramos, enfim nos
colocarmos em julgamento. Lá no monte do Calvário, havia uma cruz de onde se
ouviam palavras de zombaria e de desprezo pelo Salvador crucificado. Palavras
que revelavam o que há em muitos de nós e de nossos filhos. Palavras que
revelavam o total desprezo por valores, e a falta de sensibilidade em relação
aos próprios erros. Tanto é, que numa outra cruz, alguém desaprovava tal
comportamento, dizendo: “Nem ao menos temes a Deus, estando sob igual sentença?
Nós na verdade com justiça, porque recebemos o castigo que os nossos atos
merecem;” Quantos são os pais que usam
tempo para questionar com os filhos a maneira como estão levando a vida?
Quantos pais são capazes de pedir perdão à família por algo que não deveriam
ter feito? A cruz nos acusa de um viver sem arrependimentos, sem o temor de
Deus. O mundo se detém a observar a Paixão de Cristo como se fosse apenas um
espetáculo comovente e nada mais. O homem deveria transportar-se para o Calvário
e julgar-se. Julgar seus sentimentos usurpadores, que o levam à omissão diante
das necessidades dos pobres, o seu desrespeito aos valores nobres para uma
convivência social saudável. Julgamento que leve à intolerância a toda e
qualquer forma de corrupção, aos sentimentos que provocam miséria e desassistência.
Olhemos para o Calvário para chorar por nós mesmos. Afinal, a cruz de Cristo,
bem no centro; a que se destaca; de outra coisa não fala, senão de nós próprios,
tão pecadores.
Senhor. Perdoa-me. Em nome de Cristo. Amém.
Leit.bíb.Lucas 23: 39 - 43
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