MISERICÓRDIA
João 8: 11 “ Vai e não peques mais “
ANIBAL L. FRESCHI
Em suas mentes, o processo para julgar o crime e a
conseqüente condenação daquela mulher era plenamente conhecido pelos
acusadores. Os escribas representavam o conhecimento da lei. Os fariseus
representavam a vigilância pelo cumprimento da lei. Então, porque consultaram a
Jesus sobre o caso? Por que eles desejavam colocar Jesus em contradição perante
a opinião pública e demais autoridades. Esperavam ouvir Jesus desprezando a lei
dada por Moisés, e assim levá-lo a julgamento e condenação. No dia anterior,
foram advertidos por Nicodemos sobre a exigência da lei de que ninguém fosse
julgado sem antes ser ouvido. Então, ali estavam para ouvir Jesus pecando
contra a lei de Moisés. A mulher pecadora era apenas um pretexto. Inquirido,
Jesus descobriu que eles guardavam escondidos, sob a capa rota e suja do seu
zelo, muita inveja, muito ódio e grande desejo de vingança. Eles queriam sangue,
sofrimento e morte para aquele que punha sob suspeição a dignidade deles como
representantes e guardiães da religião, da fé e da tradição, João 7:19 “Não vos
deu Moisés a lei? Contudo ninguém dentre vós a observa”. Por isso, queriam se
livrar de Jesus sem que o povo suspeitasse dos verdadeiros motivos. Sua
fidelidade à lei, assim como uma escrita na terra que ao primeiro sopro da
brisa se apaga, não resistiria à menor prova. E esta veio imediatamente, João
8:7 “ Aquele que dentre vós estiver sem pecado, seja o primeiro que lhe atire pedra”. Como acusar um pecador, se também o
sou? Como tornar público os pecados de alguém, enquanto nas gavetas da minha
intimidade mofam e cheiram mal as minhas iniqüidades? Todos nós somos carentes de misericórdia.
Jesus os confrontou com a própria incapacidade para julgar quem quer que fosse.
Então, os mais velhos perceberam o peso de seus pecados. Os mais jovens
perceberam que os modelos que lhes moldavam a fé se iam afastando por serem
imperfeitos e por isso também não se sentiam dignos de mais nada. Restou a “grande
pecadora”, em sua humilhação e miséria. Restou o Santo Filho de Deus. Restou o
sublime e milagroso diálogo: “ nem eu tão pouco te condeno; vai, e não peques
mais”. Como se dissesse o Senhor: “Poderia te condenar, mas te dou a Salvação.
Poderia acabar com a tua vida, mas te dou vida nova”. A mulher teria apenas uma
pergunta a fazer: “ Porque? “. A resposta, todos nós conhecemos: “Por amor...
por misericórdia”. Misericórdia de que todos necessitamos, mas que todos devemos
ter, uns para com os outros. Mat.5:7 “ Bem aventurados os misericordiosos,
porque alcançarão misericórdia”. Amém.
Senhor. Que nunca falte
em meu coração a porção da misericórdia de que necessite meu semelhante. Que
sempre haja em mim boa vontade para exercer misericórdia, como Tu és misericordioso
comigo. Em nome de Jesus Cristo. Amém .
Leit. Bíb.Mat.18: 23 -
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