SANTOS PECADORES
Rm.7:24 “Desventurado homem que sou!...”
ANIBAL L. FRESCHI
Noé é um símbolo do que pode ser o homem mais piedoso e
temente a Deus, Gen.9: 20 - 29. Pela fé obedeceu, saindo da arca para recomeçar tudo, após o
dilúvio. Em suas mãos obedientes, o Criador colocou a responsabilidade pelo
mundo novo. Então, a fé o levou primeiro a erguer um altar de adoração ao
Senhor. Ele não se deteve a considerar a resistência da arca diante da força do
dilúvio, mas considerou ter sido ela, apenas um instrumento de Deus, que em
misericórdia e graça o salvara, com os seus familiares. Então à Deus, toda
honra, louvor e glória. Assim, sua fé adoradora o motivou à construção de um
altar para adorar ao Senhor. Mas Noé era um homem sujeito à quedas e desvios,
como são todos os homens, em todos os tempos. Seja dentro do Jardim do Éden ou
fora dele. Seja dentro da igreja ou fora dela. Seja ocupando os bancos ou
exercendo ministérios. Todo homem está sujeito às quedas, sejam elas
publicamente conhecidas, ou mantidas em segredo. Foi assim com Noé, agora o
governador de tudo o que havia no mundo novo. O único justo, o pregador da
justiça. Falhou, embebedou-se e pôs-se nu, dentro da sua tenda. Assim, é que
ele figura a loucura que o pecado pode produzir no mais consagrado servo do
Senhor. Mas a Graça o tinha coberto. Para Deus nada era novidade, e o que os
olhos de Deus enxergavam, era o que havia no coração do justo; a sua
determinação em evitar o pecado, ainda que fosse por ele vencido algumas vezes.
Deus olhava para o coração, enquanto a Sua Graça cobria a sua humanidade
pecaminosa. Deus não via a sua nudez, pois olhava para ele, na condição do
poder da Justiça, crida e impressa em sua alma. O que contava, era a sua
inconformação interior com o pecado. Essa experiência é a mesma do grande
apóstolo Paulo, e de todos que se propõem a viver piedosamente (Rm.7:18 – 19).
Cã nada sabia sobre a Justiça, e saiu a propalar o estado miserável que
contemplara, enquanto os demais irmãos sabiam que o manto gracioso de Deus
cobre multidões de pecados. Aprendamos a ser comedidos em nossos julgamentos,
sobre aqueles a quem Deus tem mantido na seara. É possível que caiam, mas é
certo que por eles devemos orar sem cessar, pois quem poderá julgá-los, será sempre Aquele que sonda corações.
Vigiemos a nossa própria humanidade, e
dela não descuidemos afim de não sermos condenados por aquilo que nós mesmos
julgamos e condenamos. Amém?
Senhor. Dá-me a porção
necessária da paciência e compreensão para aceitar as falhas do próximo e
ajudá-lo a superar suas próprias dificuldades. Em nome de Jesus Cristo. Amém.
Leit. Bíb.Rom. 12: 17 -
21
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