A MORTE DO TAXISTA Lam.1:12ª “Não vos comove isto, a todos vós
que passais pelo caminho?”
ANIBAL L. FRESCHI
Não há como não me indignar com fatos que demonstram a
irresponsabilidade de alguns para com os seus semelhantes. Ontem à noite, a
um taxista necessitando de atendimento médico especializado, foi negado amparo judicial para ter a vida preservada, sob
a alegação de não haver comprovações necessárias de que isso era necessário.
Três horas mais tarde, ele faleceu. Talvez com o atestado de óbito o
meritíssimo magistrado seja agora convencido da gravidade da situação daquele
cidadão que foi negligenciado por quem deveria garantir-lhe os direitos, ainda
mais por se tratar de alguém que pagava impostos ao mesmo estado que o condenou
à morte. Penso nesse caso, como em tantos outros que acontecem, ao mesmo tempo
em que avenidas superlotadas se remexem ao som carnavalesco, como se houvesse o
que festejar. Que tipo de sentimentos habitam corações que se esquecem
rapidamente das tragédias e se entregam à sordidez licenciosa, sob o pretexto
do desafogo? Falta compromisso com as
dores do outro, sobra desprezo. Que se enchessem as ruas e avenidas para gritar
a inconformação; a não aceitação da injustiça. Aí sim, haveria sentido. Porém o
que se vê são passeatas, paradas e
marchas por vários motivos, enquanto a voz da justiça para todos se mantém
silenciosa. Neste carnaval muitos requebrarão seus corpos numa prova cabal de insensibilidade
com as dores daqueles que choram seus mortos que se foram por causa da
irresponsabilidade criminosa de quem deveria zelar pelos direitos de quem todos
os direitos possui.
Senhor. Tem
misericórdia de nós. Em nome de Jesus Cristo. Amém.Amém.
Sim, Senhor, tem misericordia!!!!!!!!!
ResponderExcluir