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quinta-feira, 31 de maio de 2012


INFÂNCIAS PERDIDAS          Lamentações 2: 11 “...Pois desfalecem os meninos e as crianças de peito pelas ruas da cidade”

ANIBAL L. FRESCHI

O sol se esconde. A noite chega se debruçando sobre a estrada. Longe da família, Jucão se consola olhando o retrato no painel que estampa dois rostos risonhos. A esposa, e a filhinha que completará oito aninhos, semana que vem. Ele quer chegar a tempo. Mas agora, é preciso interromper a viagem e descansar. Amanhã cedinho, retoma a estrada. Vai reduzindo a velocidade, pois logo adiante está o posto de parada, onde vai pernoitar. Jucão manobra o bruto, e devagar entra no estacionamento sob os olhares dos demais companheiros de estradas que admiram o porte do bruto, e o cuidado com que é tratado. Jucão é zeloso, é responsável. Jucão é estradeiro respeitado. Depois do último suspiro dos freios, Jucão desce com a mochila, onde carrega os instrumentos da sua higiene pessoal. Dá os primeiros cumprimentos e logo segue para tomar o merecido banho. Não demora muito; volta barbeado e refrescado para conferir os pneus, a suspensão e etc. Abaixa daqui, olha de lá. Tudo em ordem. Jucão sobe na cabine para guardar sua mochila, quando surge na janela um rostinho miúdo de criança. Menina de uns dez anos de idade. Enquanto Jucão a olha interrogativo, ela diz: “ Tio, me dá cinco reais que eu faço tudo”. Jucão sentiu uma dor lá no fundo do peito. Parecia que a sua alma se arrepiava. Olhou o rosto da filha no painel e energicamente falou: “ Some daqui, menina!. Aquí é muito perigoso!. Corre prá sua casa!”. Jucão nem atinou que estava falando coisas que ela não conhecia. Casa? Lar? Família? O rostinho desapareceu da janela, e logo adiante, aquele pequeno vulto continuava se esgueirando entre os demais caminhões. Jucão não tirava os olhos do retrato da filhinha. Alí, Jucão chorou e orou por sua filha e por aquela criança de infância tão miserável. Saibam queridos: Isto é o dia a dia de milhares de crianças expostas à exploração. Quando você cobre seus filhinhos à noite e os prepara para dormir, milhares de filhos e filhas do abandono serão estuprados por um prato de comida ou um pedaço de pão. Lembre-se deles também, e ore por eles. Se você puder fazer algo de concreto à favor deles; faça. Pense que estará fazendo à Jesus, que também foi uma criança, e precisou de alguém que cuidasse dele. Amém.
Pai Santo. Queria fazer o que fosse preciso, para que a infância fosse o melhor momento para todos, e não o pior. Na minha limitação eu Te imploro por essas crianças que nunca terão uma boa infância para se lembrar. Cuida delas meu Pai. Em nome de Jesus Cristo. Amém.
Leit. Bíb. Mat. 25: 31 - 46            

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