SÁBIOS OU SABICHÕES? Atos 9:4– 5 “...Saulo,Saulo, porque me persegues?..Quem és tu Senhor?... Eu sou Jesus, a quem tu persegues."
ANIBAL L. FRESCHI
Com a morte de Jesus, seus opositores julgaram ter encerrado
o seu trabalho. Porém, três dias depois, tiveram que explicar o túmulo vazio, e
o fizeram, às custas de mentiras, e suborno. Nem mesmo assim, conseguiram
apagar o fogo fervoroso que ardia nos corações dos discípulos, contagiando
progressiva e rapidamente outras vidas. Foi então que Saulo, natural de Tarso,
pessoa esclarecida, formado aos pés do conceituado mestre Gamaliel, resolveu associar-se
à missão de perseguir e acabar com os seguidores do movimento chamado Caminho.
Esse movimento era formado de seguidores de Jesus Cristo. Saulo proveu-se de
autorização do sumo sacerdote e se foi com destino a Damasco. Era esse, o seu
destino pessoal. Só não sabia ainda, que Deus tinha outros planos para ele,
At.9:15,16. Então, se dá em pleno sol do meio dia, o encontro do
esclarecimento. Mais luzente que o sol, resplandece brilho mais intenso, como a
ministrar a primeira lição que todo servo fiel deve aprender: A de que, nem
todo esclarecimento do mundo pode substituir a revelação pessoal de Deus, de
sua vontade e propósitos. Podemos nos estribar no conhecimento acadêmico mais elevado,
porém a verdade divina sempre estará além dos livros e bibliotecas, 1ª Cor.2:
4-8. Certo obreiro, querendo impressionar, montou uma extensa biblioteca. Tinha
de tudo ali. Era uma confusão, que revelava a quem fosse um pouco atento, a sua
incapacidade de discernimento, a e sua enorme ignorância. Nada havia ali que se
prestasse a uma consulta confiável, pois eram literaturas tendenciosas demais.
Porém o pobre coitado não perdia oportunidade para expor seu “tesouro literário”,
sob o pretexto de oferecer o empréstimo de algum livro. Nada substitui, a
simplicidade com que O Senhor ministra aos nossos corações, o seu pensamento,
naquilo que nos for necessário saber. Há também aqueles que querem saber demais,
e acabam se confundindo em suas próprias aventuras de raciocínios muito
filosóficos e nem tanto teológicos. Uma hora afirmam, noutra hora negam. E assim
vão, confusos e confundindo,Col.2:8. Lembro-me de um consagrado pregador que
disse:”Nada como um arroz, e um feijão, bem temperados !” Mais do que o sol do
meio dia, é a clareza dO Senhor. Deus é mais. Um dia, o velho mestre Gamaliel
advertiu: “ Se esta obra vem de homens, perecerá; mas se é de Deus, não
podereis destruí-los”Atos.5: 38-39. Saulo, porém não aprendera. Outra lição foi
o reconhecimento da sua real fragilidade diante do supremo Deus, e este
reconhecimento se deu, pela sua humilhação até o pó da terra. Agora, era a
oportunidade para refletir sobre a legitimidade do seu serviço. Achava que
servia a Deus, quando na verdade servia à tradição, ao seu apego a elas, à
ortodoxia litúrgica e à sua soberba em não aceitar que poderia estar enganado.
Ao servo na Obra, faz-se necessário a cautela no uso dos pedestais dos saberes
humanos, e possuir reverência quanto ao querer
divino. Reconhecer que, acima do naturalmente aceitável, se encontra o
sobrenaturalmente manifesto na vida de quem humildemente se põe à serviço dO
Senhor. Somos maleáveis ao mover dO Espírito Santo? Ou será preciso que sejamos
derrubados das nossas montarias, até que reconheçamos que O Senhor fala, nós
ouvimos. O Senhor manda, nós obedecemos? Que reconheçamos a refulgente luz
divina se expandindo em nós, além do que somos e sabemos. Afinal, sempre haverá
novidades a serem desfrutadas. Amém.
Senhor. Ensina-me.
Leit. Bíb.1ª Tes. 5: 21
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