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"Aquietai-vos e sabei que Eu sou Deus..." (Salmo 46:10) “Soyez calmes et sachez que je suis Dieu...”(Psa 46:10) "Fermati e riconosci che io sono Dio..." (Salmo 46:10)
"Be still, and know that I am God..." (Psalm 46:10)

sábado, 30 de março de 2013


A PÁSCOA     João 20:17 “Recomendou-lhe Jesus: Não me detenhas;”

ANIBAL L. FRESCHI

Para os Judeus, a Páscoa representa a libertação operada pela vontade e poder de Deus, que nem mesmo o grande Faraó possuía autoridade para revoga-la, Êx.14:30”Assim o Senhor livrou Israel naquele dia da mão dos egípcios;”. A vontade de Deus era soberana sobre todas as autoridades e vontades. A vontade de Deus era lei, Êx.6:7”tomar-vos-ei por meu povo, e serei vosso Deus...que vos tiro de debaixo das cargas do Egito. Numa situação aflitiva para o povo hebreu e aparentemente segura para os egípcios, Faraó é intimado a obedecer ao Deus Eterno em sua expressa vontade: Êx.5:1 “ Deixa ir o meu povo...” Faraó resistiu o mais que pôde, contudo não conseguiu impedir que a vontade de Deus se concretizasse. Êx.12:31 “ Então, naquela mesma noite, chamou a Moisés e a Arão e lhes disse: Levantai-vos, saí do meio do meu povo...” Os hebreus gozavam de alguns benefícios no Egito. Havia peixes, pepinos, melões, alhos e cebolas, Num.11:5. Além dessas coisas, a humilhação e sofrimento do trabalho escravo, sob a tirania de Faraó. Muitas pessoas vivem neste mundo para o prazer da satisfação carnal dos seus desejos luxuriosos. Além disso, o que existe é a ameaça constante do poder da morte que pode chegar a qualquer momento, e que as conduzirá ao fogo eterno,Mc.9:48 “onde não lhes morre o verme, nem o fogo se apaga”. Essa é uma pista dada pelo próprio Cristo. O que você crê na Sua palavra? E o que você descrê? Há uma autoridade maior para tornar algo da mensagem do Filho de Deus duvidosa ou nula? Não há tal autoridade, pois com sua própria autoridade nos garante a libertação do poder da morte, tornando-a numa simples passagem para um mundo glorioso, pois a morte tem de se render à vontade daquele que recebe o pecador arrependido e que clama por perdão e salvação. 1ª Cor.15: 55”Onde está, ó morte a tua vitória?” Isso é o que comemoram os cristão na Páscoa. A ressurreição de Cristo e a nossa ressurreição também. É muito pouco o que este mundo pode oferecer, se comparado à glória futura que nos espera. Amém.

Graças Te dou pela libertação na morte e ressurreição de Cristo. Em  cujo nome eu oro. Amém.
Leit. Bíb.Fil.3: 20 - 21

sexta-feira, 29 de março de 2013


O CALVÁRIO         Lc.23: 40 “ Nem ao menos temes a    Deus, estando sob igual sentença?”

ANIBAL L.FRESCHI

A crucificação de Cristo nos remete à reflexões bem interessantes e muito necessárias. O quadro triste do Servo sofredor em total abandono, pode provocar sentimentos de piedade, e de inconformação. No entanto, é preciso observar os motivos que provocaram os fatos no Calvário. Enquanto caminhava a via que O levava ao monte, O Senhor se dirigiu às mulheres que O acompanhavam em prantos, dizendo-lhes: vrs.28”Não choreis por mim; chorai antes por vós mesmas e por vossos filhos”. Essa advertência chega até nós também. Refletir a Paixão de Cristo, sem levar em contas o nosso jeito de viver e conviver, é pura perda de tempo. É só espetáculo, e nada além disso. A Paixão de Cristo deve ser muito mais do que uma contemplação comovida, e sim o momento oportuno para pesarmos e examinarmos o modo como vivemos e nos relacionamos. A nossa maneira de encarar o próximo, nossas responsabilidades sociais, a qualidade do nosso caráter. Oportunidade para examinar o tipo de família que constituímos, os filhos que geramos, enfim nos colocarmos em julgamento. Lá no monte do Calvário, havia uma cruz de onde se ouviam palavras de zombaria e de desprezo pelo Salvador crucificado. Palavras que revelavam o que há em muitos de nós e de nossos filhos. Palavras que revelavam o total desprezo por valores, e a falta de sensibilidade em relação aos próprios erros. Tanto é, que numa outra cruz, alguém desaprovava tal comportamento, dizendo: “Nem ao menos temes a Deus, estando sob igual sentença? Nós na verdade com justiça, porque recebemos o castigo que os nossos atos merecem;” Quantos são os pais que  usam tempo para questionar com os filhos a maneira como estão levando a vida? Quantos pais são capazes de pedir perdão à família por algo que não deveriam ter feito? A cruz nos acusa de um viver sem arrependimentos, sem o temor de Deus. O mundo se detém a observar a Paixão de Cristo como se fosse apenas um espetáculo comovente e nada mais. O homem deveria transportar-se para o Calvário e julgar-se. Julgar seus sentimentos usurpadores, que o levam à omissão diante das necessidades dos pobres, o seu desrespeito aos valores nobres para uma convivência social saudável. Julgamento que leve à intolerância a toda e qualquer forma de corrupção, aos sentimentos que provocam miséria e desassistência. Olhemos para o Calvário para chorar por nós mesmos. Afinal, a cruz de Cristo, bem no centro; a que se destaca; de outra coisa não fala, senão de nós próprios, tão pecadores.

Senhor. Perdoa-me. Em nome de Cristo. Amém.
Leit.bíb.Lucas 23: 39 - 43

quinta-feira, 28 de março de 2013


A HUMILHAÇÃO DE CRISTO   João 19:3 “Chegavam-se a ele e diziam: Salve, rei dos judeus! E davam-lhe bofetadas.

ANIBAL L. FRESCHI
Jesus foi humilhado e agredido pelas autoridades e seus representantes. Agredido fisicamente e na sua dignidade. Debochadamente, trajaram-no como um rei indigno e desprezível. As palavras de reconhecimento, acompanhadas das agressões, soavam como insulto e desprezo. O Cristo escarnecido, ridicularizado e violentado representa cada homem, mulher, criança, enfim, cada cidadão, que apesar de haver leis criadas para  garantir os seus direitos, vê os seus direitos negados pelas próprias autoridades e seus representantes. Direito do cidadão e dever do estado, soa como deboche nos amontoados de pessoas nas unidades de saúde à espera do dever cumprido pelo estado. Porém de tão precária a assistência; quando alguma existe; voltam para suas casas em pior estado, quando não morrem ali mesmo. Caso se manifestem; pois é direito manifestar-se; são agredidos covardemente. Assim como Cristo, expostos à humilhação, enquanto fortunas são desviadas corruptamente, enquanto se aplicam milhões em faraônicas construções de lazer de onde se desviam outros tantos. Enquanto isso, professores são mal remunerados, médicos são recrutados e colocados em situações deploráveis para  atendimentos, habitação popular insuficiente e de grande risco, sob lemas eleitoreiros. O Cristo desprotegido, como tantos que são alvos fáceis da marginalidade que se impõe e dita as suas leis, por causa da omissão do estado. Cristo esbofeteado num subúrbio, enquanto Pilatos faz vistas grossas e se questionado, mostra-se ofendido e insultado. Terá o povo ouvido errado, ou suas palavras foram manipuladas? O Cristo pacífico e submisso, mas preocupado com a indignação de Pedro, pois sob a capa, além dos argumentos de indignação pode haver a espada da revolução. “Salve, rei dos judeus!”, ou melhor, “Salva-nos, ó Rei dos Reis”. Amém!

Senhor. Lembra-te de nós, que aspiramos por justiça e paz neste paraíso que criaste para nós.
Leit.bíb.Mateus 10: 24 - 42

quarta-feira, 27 de março de 2013


AMOR SEM FIM            João 13:1b.” ...tendo amado os seus que estavam  no mundo, amou-os até ao fim”.

ANIBAL L. FRESCHI      

Quando alguém nos causa algum sofrimento, é comum sermos tomados de ressentimentos. Pior, quando se trata de pessoa amada, pois por mais que amemos, quando feridos, o amor pode dar lugar ao ressentimento, e este gerar o desprezo, o ódio e até sentimentos de vingança. Queremos que a pessoa sofra na mesma proporção que nos fez sofrer. A natureza humana é imprevisível em suas reações ao sofrimento, à dor e às frustrações. Casos horríveis são noticiados todos os dias. Por isso, julgo ser oportuna uma reflexão às palavras do apóstolo João:”...amou-os até ao fim”, pois são declarações de quem conhecia muito o coração do Divino Mestre. João declara que o amor de Jesus não se interrompe, apesar das traições e negações dos seus amados. Seu amor não se condiciona, e nada cobra. Foi o amor de Jesus que inspirou o apóstolo Paulo a escrever em 1ªCor.13:8ª, para a perplexidade de muitos; que “o amor jamais acaba” , apesar do tempo e das circunstâncias. O amor de Cristo nada cobra, mas se entrega livremente, e permanece até ao fim. Muitos corações estão enfermos por causa de mágoas e ressentimentos. É preciso libertar-se disso rapidamente. E como não podemos  convencer a nossa natureza à perdoar e superar, temos de submetê-la à visão do Calvário de Cristo. Lá enxergamos os nossos defeitos e pecados, nossa falta de méritos para a menor das bênçãos, e no entanto, lá enxergamos o amor sem limites, a contemplar-nos com a oferta de perdão e salvação, pela agonia que o ofendido sofreu na cruz. No Calvário enxergamos o tamanho e a qualidade do amor que Jesus deseja ver nossos corações oferecendo a quem precisa ser perdoado. Com essa expectativa, Ele nos deixou o seu grande mandamento para ser praticado com todas as letras e sentimentos, João 14: 12 “ O meu mandamento é este: que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei”. Amém.

Senhor. Que ao abrir os meus olhos a cada manhã, eu contemple o Calvário a desafiar o meu amor pelo meu próximo. Em nome de Jesus Cristo. Amém.
Leit.bíb.João 19: 16 - 30 

terça-feira, 26 de março de 2013


O TRAIDOR        João 18: 2 “ E Judas, o traidor, também conhecia aquele lugar,”


ANIBAL L. FRESCHI

O Getsêmane era um jardim muito frequentado por Jesus. Era ótimo lugar para recolhimento com os discípulos. Jesus sempre que tinha oportunidade, os convidava para um retiro espiritual ali. Um lugar especial na companhia de Jesus; era ideal para quem quisesse fortalecimento espiritual. Porém, nem todos se deixaram influenciar por essas oportunidades. Pedro achava um lugar muito bom para uma sonequinha, Mat. 26:40;  Judas Iscariotes, viu naquele local a oportunidade para satisfazer suas ambições gananciosas,Mat.26:14 – 15 “ Indo ter com os principais sacerdotes, propôs: Que me quereis dar, e eu vo-lo entregarei?”; surpreendendo até os inimigos de Jesus. Aprendemos com esse episódio, ensinos que nos acautelam, pois em ambientes especialmente consagrados ao culto aO Senhor; luxuosos, cheios de pompa, encontramos pessoas  cujas vidas continuam como sempre foram. São cheias de orgulho e também de ganância pelo que a situação possa lhes proporcionar. Possuem o mesmo sentimento de Judas Iscariotes; que esteve com Jesus em lugares especiais, participando do seu ministério ativamente, porém nunca teve mudança de vida, João 12: 4 – 6 “...era ladrão e, tendo a bolsa, tirava o que nela se lançava”. Há muitos que continuam fazendo isso com as ofertas e campanhas que são lançadas nos gazofilácios para manutenção e progresso da obra. Desviam-nas, para acumularem patrimônios terrenos, para si e seus “laranjas”. Possuem o espírito de Judas Iscariotes, Atos 20: 29 “ Eu sei que, depois da minha partida, entre vós penetrarão lobos vorazes que não pouparão o rebanho”. Sejamos cuidadosos com o ministério que cada um recebeu dO Senhor. Aproveitemos as oportunidades para crescimento espiritual na companhia dO Senhor, para que o rebanho de Deus tenha boa e saudável comida, que é a simples, porém Santa e Pura Palavra de Deus. Vençamos a vaidade, o orgulho e a ganância, e sirvamos à Deus por amor à Ele e ao próximo, que tanto espera dos despenseiros de Deus. Amém.

Senhor. Que nada, senão o amor a Ti e ao próximo, me leve a colocar mãos no arado. Em nome de Jesus Cristo. Amém.
Leit.bíb.2ª Tim. 3: 1 - 17  

sexta-feira, 22 de março de 2013


DOMINGO DE RAMOS   João 12:13 “tomaram ramos de palmeiras e saíram ao seu encontro, clamando: “ Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor! E que é rei de Israel!”

ANIBAL L. FRESCHI

Por quais motivos, as pessoas procuram por Jesus Cristo? Por muitos e diferentes motivos. Desde uma simples curiosidade, até o nobre sentimento da necessidade de salvação eterna. Foi assim com Zaqueu, surpreendido pelo Senhor quando se camuflava entre as folhas de uma árvore, Lc.19: 1- 10. Também com Nicodemos, que no meio das trevas da noite e da vida, teve esclarecidas as suas dúvidas sobre a nova vida, à partir do novo nascimento, João 3: 1 – 21. Uma coisa que chama a atenção, é que na maioria dos encontros sempre havia o elemento "surpresa". Algumas surpresas, quanto à pessoa de Jesus. Outras, quanto ao homem e a sua fé, antes e depois dos encontros. O exemplo disso, encontramos no jovem e rico advogado mencionado em Lc.18: 18 – 27. Ele se achava em perfeita ordem para entrar no reino de Deus, mas queria receber de Jesus uma condecoração. Para sua surpresa, Jesus provou a sua fé e a reprovou, por ser uma fé centrada na conquista de bens materiais e na sua omissão perante as  necessidades dos pobres. Ele possuía uma fé egoísta, vaidosa, e esse tipo de fé não presta para nada no reino de Deus, que é “Justiça para todos”, Mat.5:6” Bem aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos”. Também encontramos surpresa às portas da cidade de Jerusalém, onde se reunia uma multidão eufórica, tendo nas mãos e bocas uma saudação apropriada à um rei. Estavam ali, por reconhecerem naquele que ressuscitara a Lázaro, a dignidade para ser rei de Israel. Afinal, uma das características de um rei, é que ele possua poder, e estavam convencidos de que Jesus era de fato poderoso. Mas a multidão também foi surpreendida, pois a figura que se vislumbrava ao longe, na estrada, era de extrema modéstia. Um homem simples, montado num simples jumentinho. Creio que alguns ramos foram abandonados ao chão. Quem era aquela figura tão despojada e de humildade acintosa às expectativas vaidosas do povo? Era Jesus de Nazaré, que mais tarde viria a ser Jesus O Cristo, que às portas de nossos corações tem se apresentado em humildade, a nos ensinar que para nos salvar, despojou-se da glória e vestindo o manto da humildade, desceu ao nível baixo da nossa humanidade tão corrompida, sem contudo se contaminar com os pecados de todos nós. Assim, ocupou uma cruz, ao invés de algum trono que a humanidade esperava lhe oferecer. Em humildade Jesus aguarda à porta do teu coração. Talvez você também se surpreenda com o que Ele quer fazer da tua vida. Não te oferece alguma pedra sem valor, mas a mais preciosa que pode desejar a tua alma. Não um bem efêmero e corruptível, mas eterno e indestrutível. Jesus quer te dar um lugar no paraíso. Jesus quer que você desça da arrogância e soberba da vida e aprenda da sua humildade, afim de que a eternidade gloriosa seja a tua realidade quando tudo por aqui acabar. O rei e sábio Salomão escreveu em Prov.15:33b. “...a humildade precede a honra”.Amém.

Senhor. Abro as portas da minha vida para que em humildade e amor, eu possa viver e Te servir.
Leit.bíb.Lucas 16: 20 - 31   
                  









quarta-feira, 20 de março de 2013

   
UMA LIÇÃO CANINA   Sal.136:1 “ Rendei graças ao Senhor, porque ele é bom, porque a sua misericórdia dura para sempre”.


 ANIBAL L. FRESCHI


 Passava da meia noite. Eu me aproximava do portão de casa, quando um vulto chamou a minha atenção. Percebi que era um cachorro. Parado, me fitando, era um vira-latas de porte grande. Ele não se mexia, apenas me olhava. Pus-me num ponto mais iluminado e acenei-lhe com a mão, pronunciando alguma coisa, como se estivesse conversando com ele. Foi então que de um salto, pulou sobre mim, apoiando suas patas nos meus ombros, como se quisesse me abraçar. Fiquei surpreso com a euforia do cão que abanava o rabo sem parar, enquanto cheirava e lambia minhas mãos. Aproveitando que ele continuava apoiado nas patas traseiras, enquanto  as dianteiras socavam meu peito, abracei o animal. Foi então, que  notei sua barriga proeminente, revelando-me tratar-se de uma fêmea; e grávida. Dei-lhe os parabéns e como se um raio iluminasse a minha mente, lembrei-me  de alguns dias atrás, quando no mesmo lugar, numa manhã de domingo, assentei-me no degrau do portão, enquanto observava alguns cães logo acima na esquina fazendo a corte a uma cadela que parecia não muito disposta, aparentando fraqueza e medo. Como se quisesse proteção, ela aproximou-se e deitou-se do meu lado, enquanto seus pretendentes à uma curta distância, cheios de entusiasmo, permaneciam à espera da oportunidade que ela parecia dificultar. Percebendo a sua fome, entrei em casa e voltei com algumas coisas que consegui num arrastão na geladeira. Os machos que, aproveitando-se da minha ausência, tinham se aproximado,  afastaram-se de novo. Ofereci-lhes o alimento, mas eles não se interessaram. Como sentinelas,  permaneceram ali o tempo todo, enquanto eu alimentava a sua tão disputada pretendida. Ela mastigava e engolia com rapidez, e logo abocanhava da minha mão mais um pouco, até que se deu por satisfeita. Dei-lhe um pouco de água. Ela bebeu, ergueu a cabeça, roçou minhas pernas e demonstrando estar revigorada, latiu para os machos e saiu correndo. Eles saíram disparados atrás, ao mesmo tempo em que procuravam neutralizar os concorrentes entre si. Sumiram! Assim, foi que a reconheci . Ela voltara.  A fêmea faminta, no mesmo lugar reconheceu a minha voz, reconheceu o cheiro de minhas mãos que a alimentaram. Ali estava ela, numa festa que agora eu compreendia. A festa do reconhecimento. A festa do agradecimento. Abracei-a de novo. Recebi com carinho a sua visita, que me pareceu, foi para contar a sua novidade; a sua gravidez; e mostrar que com ela, estava tudo certo. De repente, atenta a uns latidos ao longe, ela saiu correndo. Parou, olhou para trás. Eu lhe acenei e disse: “ Vá... !“ Ela correu na direção de seus amigos. Entrei em casa, alegre e feliz com o reencontro. Corri para o chuveiro e pensei o quanto aprendera naqueles quinze minutos lá fora, na companhia de um simples animal de rua. Pensei no quanto Deus tem feito por mim. Pensei nas horas difíceis de lutas; pensei nas incertezas. Pensei nos momentos em que as mãos de Deus chegavam até mim e me davam tudo o que me fosse necessário. Então, pensei na alegria que eu poderia proporcionar ao Seu coração, se mais vezes eu comparecesse para agradecer. Imediatamente ali me ajoelhei, e orei aO Senhor, agradecendo-lhe e dizendo-lhe o quanto tudo vai bem comigo agora. Amém.

Senhor. Aqui comigo, está tudo bem,  graças à Sua amorosa atenção e constante cuidado comigo. Obrigado, meu Pai. Em nome de Jesus. Amém.
Leit.bíb.Lucas 17- 11 -19   

terça-feira, 19 de março de 2013


O LAVA-PÉS      João 13:10 “Declarou-lhe Jesus: Quem já se banhou não necessita lavar senão os pés”.

ANIBAL L. FRESCHI

Jesus estava prestes a concluir sua missão e ser glorificado, João 12:23 “Respondeu-lhes Jesus: É chegada a hora de ser glorificado o Filho do homem”. Para muitos, a glorificação de Cristo, seria um ato político. Pensavam tratar-se de sua entronização à frente de um governo novo. Um governo material e revolucionário, anti -romano. Foi nessa expectativa que alguns cogitaram da possibilidade de ocuparem cargos e funções nesse novo governo,Lucas 22: 24 “Suscitaram também entre si uma discussão sobre qual deles parecia ser o maior”. Ignoravam que a grandeza do homem não está naquilo que ele procura aparentar, mas naquilo que de fato ele é. Houve até quem indicasse seus dois filhos para postos de importância, Mat.18: 21 “Manda que no teu reino, estes meus dois filhos se assentem, um à tua direita, e  o outro à tua esquerda”. Assim, um pouco antes da Páscoa, durante uma ceia no recinto do cenáculo, Jesus se levantou e despiu-se de suas vestes de cima. Que pretendia o Senhor com esse gesto? O Senhor ensinava que, para pertencer ao reino, é preciso despojar-se de tudo o que para o reino não contribui. Despojamento completo dos apegos à vaidade, à ganância e cobiça que levam as pessoas  se prenderem demais ao materialismo selvagem e inescrupuloso, Lucas 14: 33 “...todo aquele que dentre vós não renuncia a tudo quanto tem, não pode ser meu discípulo” . A seguir, curvou-se a lavar os pés dos discípulos, nada havendo que o atrapalhasse para isso. Assumiu a postura e o serviço de um escravo, não obstante ser Deus encarnado. Fez isso para que aprendêssemos que embora tenhamos nos banhado nas águas límpidas do seu grande amor, necessitamos constantemente estar nos desvencilhando das sujidades do mundo em que ainda habitamos e que procura nos impregnar de suas nódoas. Para isso, em oração constante, confessamos os nossos pecados e apelamos pelo Seu perdão. Ensinou-nos que espera de nós, que nos submetamos ao serviço devido ao próximo. Servindo às necessidades de refrigério no seu cansaço na caminhada. Servindo às suas necessidades de compreensão e de perdão. Aprendemos que para participarmos da Glória do Senhor precisamos colocar nossa posição gloriosa à serviço dos irmãos. O cargo, a função e a posição, por mais poder que representem, nada são, se não se prestarem ao serviço do próximo. O poder, não pelo poder, mas para o serviço. Espero que tenhamos aprendido algo. Espero que estejamos prontos para praticar, o que nos ensinou O Senhor nesses gestos simples, porém cheios de significados. Pratiquemos o Lava-Pés, afinal, João 13:15b.” eu vos dei o exemplo, para que, como eu fiz, façais vós também”.Amém.

Senhor. Que nada me impeça de servir-Te na pessoa do meu próximo. Que eu seja útil para a caminhada de cada um. Em nome de Jesus Cristo. Amém.
Leit.bíb.João 15: 12 - 14

segunda-feira, 18 de março de 2013


MISERICÓRDIA   João 8: 11 “ Vai e não peques mais

ANIBAL L. FRESCHI

Em suas mentes, o processo para julgar o crime e a conseqüente condenação daquela mulher era plenamente conhecido pelos acusadores. Os escribas representavam o conhecimento da lei. Os fariseus representavam a vigilância pelo cumprimento da lei. Então, porque consultaram a Jesus sobre o caso? Por que eles desejavam colocar Jesus em contradição perante a opinião pública e demais autoridades. Esperavam ouvir Jesus desprezando a lei dada por Moisés, e assim levá-lo a julgamento e condenação. No dia anterior, foram advertidos por Nicodemos sobre a exigência da lei de que ninguém fosse julgado sem antes ser ouvido. Então, ali estavam para ouvir Jesus pecando contra a lei de Moisés. A mulher pecadora era apenas um pretexto. Inquirido, Jesus descobriu que eles guardavam escondidos, sob a capa rota e suja do seu zelo, muita inveja, muito ódio e grande desejo de vingança. Eles queriam sangue, sofrimento e morte para aquele que punha sob suspeição a dignidade deles como representantes e guardiães da religião, da fé e da tradição, João 7:19 “Não vos deu Moisés a lei? Contudo ninguém dentre vós a observa”. Por isso, queriam se livrar de Jesus sem que o povo suspeitasse dos verdadeiros motivos. Sua fidelidade à lei, assim como uma escrita na terra que ao primeiro sopro da brisa se apaga, não resistiria à menor prova. E esta veio imediatamente, João 8:7 “ Aquele que dentre vós estiver sem pecado, seja o primeiro que lhe atire  pedra”. Como acusar um pecador, se também o sou? Como tornar público os pecados de alguém, enquanto nas gavetas da minha intimidade mofam e cheiram mal as minhas iniqüidades?  Todos nós somos carentes de misericórdia. Jesus os confrontou com a própria incapacidade para julgar quem quer que fosse. Então, os mais velhos perceberam o peso de seus pecados. Os mais jovens perceberam que os modelos que lhes moldavam a fé se iam afastando por serem imperfeitos e por isso também não se sentiam dignos de mais nada. Restou a “grande pecadora”, em sua humilhação e miséria. Restou o Santo Filho de Deus. Restou o sublime e milagroso diálogo: “ nem eu tão pouco te condeno; vai, e não peques mais”. Como se dissesse o Senhor: “Poderia te condenar, mas te dou a Salvação. Poderia acabar com a tua vida, mas te dou vida nova”. A mulher teria apenas uma pergunta a fazer: “ Porque? “. A resposta, todos nós conhecemos: “Por amor... por misericórdia”. Misericórdia de que todos necessitamos, mas que todos devemos ter, uns para com os outros. Mat.5:7 “ Bem aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia”. Amém.

Senhor. Que nunca falte em meu coração a porção da misericórdia de que necessite meu semelhante. Que sempre haja em mim boa vontade para exercer misericórdia, como Tu és misericordioso comigo. Em nome de Jesus Cristo. Amém .
Leit. Bíb.Mat.18: 23 - 35   

sábado, 16 de março de 2013


DO ARREPIO DA LEI, AOS FAVORES DA GRAÇA - Êxodo 20: 24 – 26 “Um altar de terra me farás... não o farás de pedras lavradas... nem subirás por degraus ao meu altar para que a tua nudez não seja ali exposta”.

ANIBAL L. FRESCHI

Do monte fumegante do Sinai, o homem ouviu os dez mandamentos. Os dez mandamentos revelaram-lhe o que ele deveria ser e não era, pois ele era naturalmente mau. Revelaram-lhe que era capaz de odiar a Deus e ao próximo, ao exibir-lhe as proibições;  pois onde existem proibições,  há de se entender que haja a possibilidade das intenções que precisam ser contidas. Então, os mandamentos revelaram que o homem é capaz de matar, roubar, cobiçar, difamar, pois estas possibilidades fazem parte da sua natureza corrompida, Isaias 64:6 “...todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia;” A lei revela o transgressor e aponta-lhe a punição. Porém, nem a punição da lei é capaz de transformar a natureza corrompida do homem, pois a justiça do homem é “um trapo de imundícia” incapaz para isso. A lei divina não nos permite dissimulações, nem desculpas, pois nada se acha oculto aos olhos de Deus, Heb.4:13b.”todas as coisas estão descobertas e patentes aos olhos daquele a quem temos de prestar contas”. Mas o grande problema, é que diante da perfeita lei divina, não merecemos outra coisa, senão a morte eterna. Esta é a mensagem que o monte Sinai nos declara. Porém, a Graça de Deus entra repentinamente em cena ao ordenar que o homem abandone as ferramentas da sua própria capacidade e criatividade. Que não se estribe nos degraus que sua soberba possa querer construir e se apegue à simplicidade de um altar de terra, para apresentar-se despojado de tudo o que  pareça mérito seu e tão somente, apoiado no favor gracioso de Deus, ser no tão singelo mas verdadeiro altar, um Adorador. Ao mesmo tempo, em que a lei perfeita grita e reclama por justa justiça, Deus encarna-se na pessoa de Jesus Cristo e vem oferecer-se no Monte do Calvário ao sacrifício que aplaca os clamores da lei. Então a lei se dá por satisfeita, pois a dimensão ilimitada das suas exigências é coberta por inteiro pela dimensão ilimitada, única e eficaz, daquele que é absolutamente Santo, Santo, Santo. O monte da Graça e do Favor  não assusta, mas atrai a mim e a você, tão maus e pecadores que somos, para nos mostrar o véu partido do santuário a nos convidar  a receber graça sem medida e favores incalculáveis para qualquer situação, Heb. 4:16 “ Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, afim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna”.Amém.

Senhor. Graças Te dou por teres me colocado fora do alcance da Lei e me cercado dos favores graciosos do Teu imenso amor. Em nome de Jesus Cristo. Amém.
Leit. Bíb. Heb. 4: 14 - 15

quinta-feira, 14 de março de 2013


DA POBREZA, AO REINO      Mat.6:10 “ Venha o teu reino, faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu”.

ANIBAL L. FRESCHI

Nosso Senhor Jesus Cristo ensinou à sua igreja, a Sua própria oração, para ela criada, comumente conhecida como “Oração do Pai Nosso”. Como  primeira das petições da oração, está a vinda e a instalação do Reino de Deus em nossas vidas e no mundo. Quando fazemos essa petição, nos propomos aceitar que o Reino e todos os seus princípios estejam acima de qualquer interesse pessoal, pois para que o Reino seja instalado em nosso coração e oriente a nossa vida e o mundo, necessário é que haja a desocupação, o desalojamento e o empobrecimento de tudo que ocupa nossos interesses maiores e que se presta ao viver egoísta. No dizer do apóstolo Paulo, os princípios do Reino de Deus são: Justiça, Paz, e Alegria no Espírito Santo; Rom.14:17 “ Porque o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas Justiça e Paz, e Alegria no Espírito Santo”. Esses princípios ,que tanto almejamos para nós e para a sociedade, não encontrarão lugar se não nos dispusermos ao despojamento do egoísmo, da ganância e do desrespeito ao próximo. Temos diante dos olhos uma sociedade injusta e violenta porque oramos muito, mas pouco fazemos, para que os princípios do Reino encontrem lugar  de proeminência dentro de nós. É preciso que nos empobreçamos de nós próprios, pois o Reino de Deus exige que a Justiça seja pratica em todos os níveis dos nossos relacionamentos, para que haja verdadeira Paz e conseqüente Alegria no Espírito Santo. Nossos acordos e alianças, por mais simples que aparentem ser, precisam ser assumidos e concluídos dentro do princípio da Justiça.  O mundo será muito melhor, quando nos empobrecermos da soberba, do orgulho, da ganância e de tudo o que parecer egoísmo, pois assim, estará vigorando em nós, os princípios do Reino, que a todos enriquece, Lc.6:20 “ Bem aventurados, vós os pobres, porque vosso é o Reino de Deus”. Amém.

Senhor. Faze de mim um pobre de mim mesmo, para que o Teu Reino, com as suas leis e princípios determinem a minha caminhada neste mundo. Em nome de Jesus Cristo. Amém.
Leit.bíb. Mat. 6: 9 - 13  

segunda-feira, 11 de março de 2013


UMA ESCADA BENDITA    Gn.28: 11b. “tomou uma das pedras do lugar, fê-la seu travesseiro, e se deitou ali mesmo para dormir”.

ANIBAL L. FRESCHI

O sujeito desse episódio é Jacó, filho de Isaque. Jacó viajava rumo à Harã, cidade de seu tio materno Labão. Não se tratava de uma viagem tranqüila, pois ele fugia da casa paterna para ver-se livre das ameaças de morte por parte de seu irmão Esaú, de quem comprara por um prato de  ensopado, o direito à primogenitura. Esaú estava furioso por ter se deixado vencer pela fome e desconsideração da bênção que tivera em suas mãos, trocando-a pela primeira satisfação. A bênção da primogenitura não lhe pareceu tão importante no momento em que sua carne opinou. Por isso, Jacó tinha a sua mente atormentada, pois as palavras de sua mãe soavam claras em seus ouvidos, mesmo distante: Gn.27:42b.” Esaú teu irmão, se consola a teu respeito, resolvendo matar-te”. Para tornar sua vida mais complicada, não achou sequer algo confortável para recostar sua cabeça. Apenas uma dura pedra foi o seu travesseiro. Como poderia relaxar e dormir nessas circunstâncias? Desconforto no corpo e na alma. Pois não é que Jacó adormeceu logo? Até sonhou! E o sonho lhe revelou o que acontece silenciosamente enquanto dormem os que têm no coração o selo real, marcado com o sangue expiador de Jesus Cristo, que testifica tratar-se de propriedade particular e especial de Deus. 2ªTim.2: 19”...o firme fundamento de Deus permanece, tendo este selo: O Senhor conhece os que lhe pertencem”. Pois bem, Jacó sonhou com uma escada que alcançava os céus. Por ela subiam e desciam anjos de Deus. A informação sobre a situação de Jacó era levada ao trono da Graça e do Poder de Deus e de lá a resposta vinha depressa: Gn. 28: 15 “ Eis que eu estou contigo, e te guardarei por onde quer que fores, e te farei voltar a esta terra, porque não te desampararei, até cumprir eu aquilo de que te hei referido “. Meus queridos; há uma escada usada pelos anjos de Deus a nosso favor. A escada da comunhão íntima com O Senhor. Escada da oração, da leitura da Palavra, da meditação e contemplação da Graça que nos favorece, se valorizamos, o bem a nós concedido pelo Salvador, ou seja, o direito de estarmos na eternidade com Ele. Assim, então, reconhecendo que, embora cheios de falhas, como se encontrava Jacó, nos humilharmos ante a presença Santa de Deus, com espírito contrito, a escada se fará enxergar aos olhos da nossa fé, para sabermos que também conosco, está sempre O Senhor: Is. 46:4 “ Até à vossa velhice eu serei o mesmo, e ainda até às cãs eu vos carregarei;  já o tenho feito; levar-vos-ei, pois, carregar-vos-ei e vos salvarei”. Não temais, se pareceis viver atordoados e sem conforto. O amanhecer vos dirá que Deus é fiel em tudo o que diz respeito às vossas vidas; Lam.3:22,23 “ As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos porque as suas misericórdias não têm fim; renovam-se a cada manhã. Grande é a sua fidelidade”.  Demos Glórias, meus queridos! Amém.

Senhor. Agradeço-Te por tudo. Em nome de Jesus Cristo. Amém.
Leit. Bíb. Rom. 8: 1 – 39   

quinta-feira, 7 de março de 2013


COMPREENSÃO E PERDÃO   Mat.7:12 “Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles.”

ANIBAL L. FRESCHI

Um “bom dia”, um “muito obrigado”, um elogio sincero, não têm custo algum, mas são de importância inestimável. Às vezes nos defrontamos com alguém mau humorado e logo nos armamos para dar o troco. Se no entanto, tivéssemos acesso ao universo interior da pessoa, poderíamos conhecer as causas de suas manifestações pouco simpáticas e assim compreendê-las. Como não é possível enxergar além do que nos é mostrado, temos constantemente o desafio e a oportunidade para derramar porções generosas daquilo que sabemos possuir dentro do nosso coração, ou seja; amor compreensivo, e muita disposição para auxiliar a quem  estiver necessitando de atitudes e palavras que mostrem a saída para seus sofrimentos interiores. Muitas pessoas passam por nós sinalizando suas carências e nem notamos. Até as rotulamos de “malas”, “chorões”, etc. Tais pessoas nos desafiam a por em prática o que Jesus nos ensina: Mat.7:1 “Não julgueis, para que não sejais julgados”. Quando são derramadas sobre nós as suas frustrações e sentimentos odiosos, provocando em nós o desejo de uma reação à altura, o Senhor ensina que possuímos uma face chamada de a “face do perdão” que deve sempre estar pronta para o oferecimento: Mat. 5:39 “...mas a qualquer que te ferir na face direita, volta-lhe também a outra;...”. Se ao contar até dez (10), percebermos que continuamos enraivecidos, lembremo-nos das palavras de Cristo na cruz: Lc.23:34 “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem”. Lembre-se; Ninguém é perfeito. Você, eu, todos nós precisamos da compreensão de alguém e do perdão, quem sabe, de todos. Amém.

Senhor. Tira de todos de quem necessito ser perdoado, todo impedimento para isso. Ajuda-me a compreender meu próximo e entender suas necessidades, a fim de ajudá-lo  viver de bem com a própria vida. Em nome de Jesus Cristo. Amém.
Leit. Bíb. Rom. 12: 17 - 21

segunda-feira, 4 de março de 2013


MONTE FUMEGANTE     Êxodo 19:8 “ Então o povo respondeu à uma: Tudo o que o Senhor falou, faremos”.

ANIBAL L. FRESCHI

Essas palavras refletem quão presunçoso é o homem. Ele se reveste de uma glória, criada por si próprio, para atrair  atenções e honrarias. Porém, sem muito esforço, abala-se o homem, e a sua glória rapidamente desaparece, deixando-o no esquecimento. Penso que falta-nos a humildade sincera para reconhecermos que diante de Deus, somos quase nada e quase nenhum poder possuímos. O povo, diante do monte, no deserto de Sinai tinha de pronto nos lábios, palavras cheias de ousadia e auto confiança. Porém, estas cederam lugar ao pânico, à simples manifestação da presença de Deus no monte que fumegava, vrs.16 b.todo povo que estava no arraial se estremeceu”. Então, uma súplica tomou o lugar do ousado e pretensioso voto 20: 19b.”...não fale Deus conosco para que não morramos”. Às vezes Deus faz estremecer e abalar os sistemas estabelecidos por nós, à fim de que a indispensável humildade, encontre o seu lugar em nossas vidas, em nossos corações. Isto é necessário para que haja o exercício de uma verdadeira e não mistificada vida de piedade. Há muito engodo e mistificações nos currais que aprisionam e fazem escravos aqueles a quem foi proposta vida de libertação. Nada lhes é oferecido que os preparem para a Vida Eterna, mas acenam-lhes com vantagens imediatas, tão logo os cofres tilintem o barulho das ofertas ali, coercitivamente depositadas. Assim é o homem. Estabelece um sistema que pode ruir a qualquer momento. Assim é o homem, que para dispersar as atenções dos incautos, exortam a que não prestem atenção no homem, mas em Deus; sugerindo uma humildade que na verdade é falsa. Como não prestar atenção ao que faz o homem,  se ele próprio é o mentor de um sistema que preparou para a sua própria glória? Qualquer sistema, por mais sacrossanto que pareça, desaparecerá se não estiver legitimado pela Santa Vontade de Deus, seja ele reformado, ou não. Aliás, as reformas de pouco valem se o próprio homem não se permitir reformar. Os exemplos estão aí, diante dos nossos olhos. Velhos erros com roupagem nova, porém os mesmos e antigos alegados motivos. Interesses pessoais e corporativos que se valem do sistema para isso criado, reformado, renovado, desmembrado, mas sempre, à serviço da cobiça e da vaidade de homens. É preciso que Deus faça o monte aparentemente inofensivo, explodir em fogos e fumaradas, com os raios e relâmpagos da revelação do descontentamento divino com tudo o que acontece e demonstrar que o homem é indigno e só Deus é digno de toda Glória. Jesus menosprezou a ostentação do templo que revelava muito do homem e nada de Deus, Mat.12:6 “ Aqui está quem é maior que o templo”, referindo-se a sua pessoa. Noutra ocasião, um discípulo impressionado com os detalhes do edifício do templo disse ao Senhor: “Mestre! Que pedras, que construções!” ao que teve como resposta: “...não ficará pedra sobre pedra, que não seja derrubada”Mc.13:1,2. Não demorou muito tempo para cumprir-se o que dissera o Senhor. Segundo o próprio Cristo, a casa que a princípio tinha sido construída com válidos e sagrados propósitos, tida pelos fiéis como intocável e indestrutível, era na visão dele, outra coisa: Mat.21:13 “ E disse-lhes: Está escrito: A minha casa será chamada casa de oração; vós porém, a transformais em covil de salteadores.” Que haja em nós arrependimento por nos esquecermos de ser diminutos, para que nossa alma possa aquietar-se em santa contemplação da grandeza e glória de Deus. Amém.

Senhor. Reforma meu ser a cada dia da minha vida para que eu seja apenas o que quiseres que eu seja. Em nome de Jesus Cristo. Amém.
Leit. Bíb. Rom.12: 1,2 

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